Tsipras acusa FMI e Schauble de “brincarem com o fogo” em relação à Grécia
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apelou hoje ao FMI e ao ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, para que parem de "brincar com o fogo", culpando-os pelo impasse nas negociações.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apelou hoje ao FMI e ao ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, para que parem de “brincar com o fogo”, culpando-os pelo impasse nas negociações entre a Grécia e os credores.
Na abertura de uma reunião do seu partido, o Syriza (de esquerda), e um dia depois da reunião inconclusiva em Bruxelas, o primeiro-ministro mostrou-se no entanto confiante de que, no final, será encontrado um acordo entre a Grécia e os credores. Tsipras condicionou um regresso a Atenas dos representantes dos credores a uma mudança no Fundo Monetário Internacional (FMI): “Esperamos que o FMI reveja as suas previsões o mais depressa possível (…) para que as discussões possam continuar a nível técnico”.
"Esperamos que o FMI reveja as suas previsões o mais depressa possível (…) para que as discussões possam continuar a nível técnico”
O governante grego também referiu à chanceler alemã, Angela Merkel, pedindo-lhe para “encorajar o seu ministro das Finanças a pôr fim à sua agressividade permanente” em relação à Grécia. Tsipras falava um dia depois da reunião em Bruxelas que pretendia relançar as negociações para manter o país sobre-endividado sob assistência financeira, numa altura em que o receio de uma nova crise da dívida grega é alimentado pela falta de entendimentos entre a zona euro e o FMI.
O FMI exige um alívio substancial da dívida grega, uma opção que Berlim afasta, e medidas suplementares de austeridade, que Atenas rejeita, para alcançar o objetivo ambicioso de conseguir um excedente orçamental.
Depois da reunião de sexta-feira em Bruxelas, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse que a Grécia, os seus credores europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI) avançaram quanto aos requisitos para permitir um regresso da missão de supervisão a Atenas na próxima semana. “Hoje fizemos progressos substanciais e estamos perto de um entendimento para que a missão (da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e do FMI) regresse a Atenas na próxima semana”, informou Dijsselbloem no final de uma reunião destinada a alcançar um acordo que permita encerrar a avaliação que decorre no âmbito do resgate financeiro ao país.
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