“A coligação de esquerda superou as expectativas”
O Presidente da República considera que o acordo das esquerdas "superou as expectativas". Marcelo Rebelo de Sousa diz que o Governo manteve o "défice controlado", com crescimento do emprego e do PIB.
O Presidente da República considera que a coligação entre o PS, Bloco de Esquerda e PCP “superou as expectativas”. Marcelo Rebelo de Sousa diz que Portugal vive uma experiência “inédita”, uma vez que ninguém sabia como é que iria correr este compromisso entre um Governo socialistas e outros dois partidos cujas ideologias em relação à NATO, euro e políticas económicas de Bruxelas divergem. Mas, aos olhos do Chefe de Estado, parece que tudo correu bem. E o Presidente elogia o Executivo de António Costa por ter demonstrado que o défice está controlado, por ter alcançado uma recuperação do emprego e o crescimento do PIB.
Numa entrevista ao El País, que será publicada este domingo na edição em papel, Marcelo Rebelo de Sousa diz que a “coligação de esquerdas superou as expectativas” em Portugal. O Presidente da República realça que o país “vive uma experiência inédita”, acrescentando que “ninguém sabia como se iria desenvolver o compromisso em torno do programa de esquerda moderada do Partido Socialista com partidos que, em teoria, têm dúvidas sobre a NATO, o euro, as políticas económicas de Bruxelas”.
"Portugal vive uma experiência inédita (…) ninguém sabia como se iria desenvolver o compromisso em torno do programa de esquerda moderada do Partido Socialista com partidos que, em teoria, têm dúvidas sobre a NATO, o euro, as políticas económicas de Bruxelas”
O Presidente nota que os primeiros trimestres foram difíceis — com um crescimento do PIB quase nulo. Mas o Governo demonstrou que consegue “manter o défice controlado”, havendo uma “recuperação do emprego e um maior crescimento do PIB”. Porquê? “Porque o Governo decidiu, com as negociações do Orçamento de 2016, aceitar o essencial do compromisso europeu de Bruxelas”, explica o Presidente “atípico”, como refere o jornal espanhol.
O problema da banca também foi referido por Marcelo. “O Governo tinha diante de si um problema bancário complexo. Muitos problemas conjuntos”. Mas foram “dados passos em frente e este ano de consolidação da banca portuguesa tem sido essencial”. O Presidente refere que a cooperação leal entre as instituições foi muito importante neste processo. E o Presidente refere que teve de apoiar o Governo — não um apoio incondicional, mas um apoio com condições claras.
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