Portugueses acumularam 24,8 milhões de euros em julho com IVAucher

Juntando os dados finais de junho e os dados preliminares de julho, os portugueses já acumularam 47,5 milhões de euros, menos de um quarto da dotação total.

Com a época de férias, os portugueses consumiram mais em julho e, assim, acumularam mais descontos ao abrigo do IVAucher para gastar a partir de outubro. Segundo um balanço feito pelo Ministério das Finanças esta terça-feira, os consumidores acumularam um total de 24,8 milhões de euros em julho, mais do que os 22,7 milhões de euros em junho, um número que foi revisto em alta face 21,2 milhões de euros inicialmente anunciados.

Em julho, houve um total de 6,6 milhões de faturas com número de identificação fiscal (NIF), o que correspondeu a um total de 202 milhões de euros de base de tributação, ou seja, este foi o volume de gastos dos portugueses nos setores de restauração, cultura e alojamento, os três incluídos no IVAucher.

O IVA destes setores varia entre 6%, 13% e 23% e resultou um desconto acumulado de 24,8 milhões de euros. Assim, o desconto equivale a cerca de 12,3% do total gasto, o que reflete o facto de a restauração (cujo IVA é maioritariamente de 13%) ser onde há mais gastos: 129 milhões de euros em julho, acima dos 68 milhões de euros no alojamento e dos cinco milhões de euros na cultura.

Estes valores de julho de 2021 já superam não só os de 2020 — 5,8 milhões de faturas e 160 milhões de euros de gastos — como os valores de 2019, antes da pandemia, ano em que em julho os consumidores teriam acumulado 24,6 milhões de euros, caso o IVAucher já existisse, ligeiramente abaixo dos 24,8 milhões de euros de julho de 2021.

Tal reflete um gasto médio superior nestes setores em julho deste ano — num momento marcado por menores restrições da pandemia e um acumular de poupança no período prévio — já que o número de faturas com NIF caiu face a julho de 2019 (8,1 milhões de faturas e uma base de tributação de 190 milhões de euros).

No total, os portugueses acumularam em dois meses dos três meses da primeira fase (de junho a agosto) 47,5 milhões de euros — este valor equivale a menos de 25% dos 200 milhões de euros da dotação prevista pelas Finanças –, os quais vão começar a gastar a partir de 1 de outubro e até 31 de dezembro. Para que possa usufruir dos seus descontos, terá primeiro de aderir no site do IVAucher, tendo de associar o seu cartão de pagamento do banco, os quais devolverão o desconto até dois dias úteis depois.

Tendo em conta o último valor da população portuguesa de 10.347.892 (Censos 2021), cada português acumulou em média 4,6 euros nestes dois meses. Haverá portugueses com muito mais e outros com menos (ou nada, caso não tenham pedido fatura com NIF ou feito qualquer consumo nestes setores), naturalmente.

O saldo acumulado por cada consumidor nos três meses da primeira fase vai estar fechado no final de setembro e pode ser consultado através do Portal e-fatura ou da na aplicação móvel “e-Fatura” para iOS ou Android. 260 mil consumidores já aderiram.

O programa, que arrancou a 1 de junho, permite acumular o IVA gasto na restauração, alojamento e cultura — aqueles que o Governo considera serem dos setores mais afetados pela pandemia — até 31 de agosto para depois ser descontado, até um máximo de 50%, em compras nesses mesmos setores entre 1 de outubro e 31 de dezembro.

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