Governo português é dos que menos investe em I&D na UE
Segundo o Eurostat, o Governo português está na cauda da Europa em termos de valor investido em I&D por cada cidadão. Luxemburgo lidera.
O Governo de António Costa é dos que menos investe em investigação e desenvolvimento (I&D) na União Europeia, de acordo com dados do Eurostat publicados esta quarta-feira.
Além disso, Portugal encontra-se entre os países europeus onde as verbas direcionadas para I&D mais diminuíram nos últimos dez anos. Em 2010, o Governo investiu 92 euros por cidadão em I&D. Em 2020, apenas 71 euros por pessoa foram investidos.
Comparando com os pares da região, o investimento em I&D alocado pelo Governo português é o 9.º mais baixo, estando na cauda da União Europeia.
Além de Portugal, a lista de países que mais diminuíram os investimentos em I&D inclui Espanha (de 179 euros em 2010 para 144 euros em 2020), Roménia (de 17 euros a 15 euros), França (de 253 euros a 235 euros), Irlanda (de 181 euros para 175 euros) e Finlândia (de 387 euros para 373 euros).
Os países que menos fundos direcionaram, em 2020, para I&D, são a Roménia (15 euros por cidadão), Bulgária (21 euros), Hungria (39 euros) e Letónia (42 euros).
Em sentido inverso, os países em que os governos aumentaram mais as verbas para I&D na última década foram a Letónia (de 14 euros em 2010 para 42 euros em 2020), Grécia (de 62 euros para 148 euros) e a Estónia (de 77 euros para 141 euros).
Já os países que mais investiram no ano passado em I&D foram o Luxemburgo (648 euros por pessoa, em 2020), a Dinamarca (519 euros) e a Alemanha (443 euros).
Em 2020, os governos dos Estados-membros da União Europeia investiram um total de quase 100,8 mil milhões de euros — isto é, 0,8% do PIB da região. Por cidadão, os governos direcionaram, em média, 225 euros no ano passado, o que representa um aumento de 22% face a 2010, ano em que foram investidos 184 euros por pessoa.
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