Novo Banco recupera 25% dos 60 milhões de ex-projeto imobiliário do GES em Gaia
Novo Banco continua a recuperar dinheiro do Invesfundo III. Já recebeu 25% dos 58 milhões de euros que reclama do Invesfundo III, um fundo imobiliário do GES que tinha um projeto imobiliário em Gaia.
O Invesfundo III é um fundo imobiliário do antigo Grupo Espírito Santo (GES) que chegou a ter um megaprojeto imobiliário de 60 milhões de euros em Gaia. O empreendimento nunca chegou a sair do papel e a sociedade entrou em insolvência no ano passado, deixando o Novo Banco a reclamar uma dívida de quase 58 milhões. A instituição financeira está a recuperar aos poucos essa dívida e está prestes a receber cerca de um quarto do dinheiro que reclama ao fundo.
Depois de já ter recebido 11,1 milhões de euros, o Novo Banco prepara-se agora para ter um novo encaixe: 3,5 milhões de euros, de acordo com a proposta de rateio parcial do administrador de insolvência daquele fundo imobiliário, Bruno Costa Pereira.
O Invesfundo III foi criado em 2006 pelo GES, tendo em vista o desenvolvimento de um empreendimento em Gaia, o Douro Atlantic Garden, que era promovido pela Espírito Santo Property e financiado a 100% pelo BES.
Porém, depois de anunciado em 2013, o projeto não veio a concretizar-se e a Invesfundo III, já depois do colapso do universo Espírito Santo em 2014, deixou um rasto de dívidas, sobretudo no Novo Banco.
Após a declaração de insolvência em junho do ano passado, o Bruno Costa Pereira começou a alienar os imóveis detidos pelo fundo. Esses negócios já permitiram liquidar 14,6 milhões de euros, quase 25% do montante que o banco diz ser credor. Foram feitos reembolsos em março, junho, agosto e agora mais um, em setembro.
Desta forma, dos 58 milhões de euros que reclamava há um ano, o banco já só tem de reaver cerca de 43 milhões, segundo as contas do administrador de insolvência.
Além do Novo Banco, foram também reconhecidos como credores do Invesfundo III a Autoridade Tributária e a Gesfimo, com dívidas de cerca de 200 mil euros. O administrador de insolvência assegura que o pagamento ao Novo Banco não compromete a posição dos outros credores, nem põe em causa o pagamento das custas da massa insolvente.
Futuros negócios renderão mais de 20 milhões
No requerimento apresentado ao tribunal, o administrador de insolvência fez uma atualização do processo de venda dos ativos imobiliários do fundo.
Até ao momento, os negócios já fechados permitiram encaixar 12,5 milhões de euros. Já aceitou outras propostas para a venda de 12 verbas, faltando ainda a escritura de compra-venda, sendo que já recebeu três milhões de euros referentes a sinais e conta receber mais 12,7 milhões até final do ano por conta destas vendas.
Há ainda quatro verbas que não receberam qualquer oferta e que se encontra avaliadas em 8,4 milhões de euros.
Neste cenário, Bruno Costa Pereira admite “entradas futuras expectáveis” superiores a 21 milhões de euros no âmbito da liquidação em curso.
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