Posições no BCP e Galp continuam a ser “estratégicas”, diz Sonangol
Neste momento, a Sonangol não quer vender as suas posições no BCP e na Galp Energia, apesar de estar a vender 56 ativos para reequilibrar as suas finanças.
A petrolífera angolana Sonangol quer manter-se como um dos acionistas na Galp Energia e no Banco Comercial Português (BCP), apesar de estar a vender vários ativos para ter finanças mais sólidas. A garantia foi deixada pelo chairman da empresa, Sebastião Gaspar Martins, em declarações escritas à Bloomberg: “Em relação à Galp, e à sua empresa principal, a nossa posição é considerada estratégica“, assegura.
“Neste momento não há uma opção por vender”, garante. A Sonangol, a petrolífera estatal de Angola, tem uma posição indireta na Galp Energia através do consórcio com a família Amorim na Amorim Energia, a qual detém 33% da petrolífera portuguesa. Além disso, a Sonangol é o segundo maior acionista do BCP com uma posição de 19,5%, segundo a Bloomberg.
Sobre o banco, o chairman diz que, apesar de ser um ativo não essencial, este mantém uma “natureza estratégica”. “A decisão de vender [o BCP] irá sempre ser tomada em linha com os interesses do acionista da empresa [da Sonangol], que é atualmente o Estado angolano”, respondeu Sebastião Gaspar Martins.
A petrolífera angolana, que é a segunda maior petrolífera do continente africano, registou um prejuízo de três mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) no ano passado por causa da redução da procura por combustíveis devido aos confinamentos em todo o mundo provocados pela pandemia. Para reequilibrar as suas contas, a empresa está a desfazer-se de vários ativos, tendo já vendido seis dos 56 ativos que planeia dizer adeus até ao final do próximo ano. O objetivo para 2027 é entrar em bolsa.
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