CTP alerta para “custos de contexto” no processo de recuperação do turismo

Confederação do Turismo de Portugal (CTP) alerta para subida do preço da eletricidade e dos combustíveis e elevada carga fiscal, pedindo "mecanismos de compensação".

O turismo já iniciou o processo de recuperação, mas o setor apela para todos os “custos de contexto” decorrentes da pandemia que as empresas continuam a ter de suportar, tais como a subida do preço da eletricidade e dos combustíveis. No âmbito das discussões sobre o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) pede mais apoios públicos e ainda uma diminuição da carga fiscal.

Os custos de contexto estão a afetar de forma exponencial a competitividade do setor do turismo, numa altura em que esta atividade económica fundamental para a geração de riqueza e emprego necessita de se refortalecer para recuperar destes quase dois anos de pandemia”, afirma Francisco Calheiros, presidente da CTP, em comunicado enviado às redações.

Assim, a confederação defende que eliminar ou reduzir estes custos de contexto passa por se “encontrar mecanismos de compensação para ajudar as empresas a suportar o aumento de preço da energia elétrica, que tem um peso relevante na sua estrutura de custos”. Além disso, também o “preço elevado dos combustíveis tem um impacto muito significativo nas empresas”, pelo que deve haver a “redução significativa dos impostos”.

Além disso, a CTP alerta para a elevada carga fiscal que as empresas do setor enfrentam. “Precisamos de ter uma baixa de impostos. A carga fiscal é, de facto, demasiado elevada e este é um dos principais custos de contexto que mais está a prejudicar a competitividade das empresas do turismo”, afirma Francisco Calheiros, pedindo um “desagravamento fiscal, nomeadamente ao nível do IRC e do IVA“.

Por fim, a entidade defender ser necessário “eliminar a excessiva regulação laboral e incentivar um código de trabalho mais flexível, com regras que ajudem as empresas e não acarretem, pelo contrário mais custos”. Em comunicado, a CTP afirma que é “fulcral” que o Código do Trabalho “não regrida ainda mais em relação à reforma de 2019”, que veio “diminuir em muitos dos casos a capacidade de gestão das empresas”.

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