Partidos alemães tentam cativar indecisos até ao último minuto
Os candidatos na Alemanha estão a tentar captar o voto dos indecisos nos últimos momentos antes das eleições, mas mostram cautela em virtude da publicação das sondagens.
Nos últimos momentos da campanha para as legislativas de domingo na Alemanha, os candidatos tentam captar o voto dos indecisos mas mostram cautela em virtude da publicação das sondagens.
Olaf Scholz, candidato social-democrata (SPD) tem agendado para este sábado à tarde “um encontro com os eleitores, em Potsdam, capital do Estado de Bradenburgo, a sudoeste de Berlim, por volta das 15h00 (14h00 em Lisboa).
Ao longo da semana, Olaf Scholz manteve-se firme nas questões sociais e sobretudo na proposta sobre o aumento do salário mínimo nacional, tendo acrescentado, sexta-feira, a questão da habitação tendo-se referido também às questões ambientais.
A presença da jovem ativista sueca Greta Thunberg, no centro de Berlim, durante a “greve climática” de sexta-feira obrigou Scholz a referir-se, num comício em Colónia, que “este é o momento da transição”. Na mesma altura, a candidata dos Verdes, Annalena Baerbock, anunciava através da rede social Twitter que se juntava “à greve climática” que envolve milhares de jovens estudantes, a maior parte deles sem idade para votar.
Face às sondagens que têm sido publicadas nas últimas 48 horas, Scholz, vice-chanceler e ministro das Finanças do governo de coligação, candidato do SPD (social-democrata) ao cargo de chanceler repetiu as questões sociais que tem defendido, mas mostrou-se cauteloso sobretudo nas críticas contra o candidato social-democrata, Armin Laschet.
Uma pesquisa do instituto Allensbach, publicada sexta-feira no jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, situava Sholz (SPD) com 26% das intenções de voto seguido do conservador Armine Laschet (CDU/CSU) com 25%. Até ao momento, as fontes do SPD contactadas pela Lusa não reagiram à sondagem de sexta-feira.
Por outro lado, durante a madrugada deste sábado, a publicação digital Politico mostrava o SPD com 25% das intenções de voto, a CDU com 22% e em terceiro lugar os Verdes com 11% das intenções de voto.
Angela Merkel esteve presente numa ação de campanha dos democratas-cristãos em Munique alertando que existem “grandes diferenças” entre a CDU e o SPD sobretudo no que diz respeito a matérias ligadas à economia reiterando os receios sobre “a possibilidade” de uma futura coligação de esquerda.
As grandes questões internacionais só foram aprofundadas no último debate televisivo, quinta-feira, mas os assuntos não marcam a campanha junto dos eleitores. Os Verdes e os liberais do FDP mostraram preocupações sobre a República Popular da China, criticando abertamente o acordo comercial entre a União Europeia e Pequim.
Para o FDP é necessária a redução da dependência em relação ao mercado da República Popular da China através de outras parcerias nomeadamente com os países do Mercosur e com a Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN).
Scholz disse que pretende conseguir mais “força” para a União Europeia, mas evitou responder de forma clara às questões relacionadas com a emissão de títulos de dívida.
Um dos assuntos esquecidos, apesar da tomada de posição de Scholz, foi a declaração sobre a a nova parceria estratégia e de defesa entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália (AUKUS) e que levou ao cancelamento do contrato de compra de submarinos franceses por parte do governo de Camberra.
Scholz, vice-chanceler e ministro das Finanças, disse que “entende perfeitamente a irritação de Paris” sobre o assunto mas a crise dos submarinos não emergiu durante a campanha, apesar da presença da autarca da capital francesa, a socialista Anne Hidalgo, convidada do SPD no comício de Colónia.
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