Nos recusa “fazer prognósticos” sobre o leilão 5G

“Não sou muito bom a futurologia”, ironizou o administrador Manuel Ramalho Eanes, recusando comentar a providência cautelar da Vodafone contra as novas regras do leilão 5G.

Com o leilão de 5G a arrastar-se há mais de oito meses em Portugal, o administrador da Nos, Manuel Ramalho Eanes, considerou esta terça-feira que “o verdadeiramente importante é que a [empresa] está preparada e está a fazer acontecer o 5G” e que “assim que for possível tê-la comercialmente, estará já muitíssimo acelerada”.

Na União Europeia, Portugal e a Lituânia são os únicos países sem ofertas comerciais de 5G. Em declarações aos jornalistas em Matosinhos, o gestor da Nos recusou “fazer prognósticos” sobre o fim deste processo, com o argumento de que “não [é] muito bom a futurologia”, notando apenas que, no que depender da empresa, “seguramente que o 5G vai acontecer em Portugal e em bom”.

Depois da alteração que reduziu a duração de cada ronda, permitindo aumentar para 12 o número de rondas de licitação diárias, esta segunda-feira entraram em vigor novas regras para tentar acelerar o leilão de 5G, que inibem a utilização dos incrementos de 1% e 3%, determinando que as operadoras licitem com aumentos mínimos de 5%.

A Vodafone Portugal interpôs uma providência cautelar contra esta mudança de regras recentemente aprovada pela Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações, considerando que a eliminação de incrementos de 1% e 3% é “ostensivamente ilegal e redunda numa violação dos princípios que são traves mestras dos procedimentos de seleção concorrencial, pois terá impacto na execução do leilão e, consequentemente, terá repercussões no resultado final”.

Questionado sobre esta decisão da concorrente, Manuel Ramalho Eanes respondeu apenas que “o mais importante de tudo é dizer que [a Nos está] preparada, que [quer] garantir que a sociedade portuguesa também está preparada para o 5G, e que tem a ambição de liderar no 5G”.

E não é frustrante para a empresa estar a fazer esse investimento sem conseguir ver os resultados efetivos no terreno? “Acreditamos que o 5G é uma revolução tecnológica enorme, que implica muita preparação e muito trabalho conjunto com os inovadores. É isso que estamos a fazer e não acreditamos estar a perder tempo”, ripostou o administrador.

Durante a apresentação da “primeira escola 5G do país” – a secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, que já tem rede 5G da Nos para desenvolvimento de pilotos na área da Educação -, Manuel Ramalho Eanes destacou o investimento de 167 milhões de euros em investigação e desenvolvimento (I&D) feito pela empresa em Portugal, ao longo dos últimos dois, com o contributo direto de cerca de 200 pessoas.

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