Rendas caíram 6,7% em Lisboa e 3,6% no Porto. Veja os preços por freguesia

No primeiro semestre, as rendas subiram mais de 6% face ao ano passado. Mas, numa análise por municípios, houve várias descidas, sobretudo nas duas principais cidades do país.

Se no ano passado nem a pandemia impediu as rendas de continuarem a subir, este ano, com a retoma a dar os primeiros passos, os aumentos prosseguem. No primeiro semestre, as rendas subiram mais de 6% para uma mediana de 5,8 euros por metro quadrado, de acordo com as contas do ECO feitas com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas, numa análise mais fina, houve várias descidas de preço um pouco por todo o país. Lisboa e Porto não foram, de todo, uma exceção, com as rendas a caírem em praticamente todas as freguesias.

No segundo trimestre do ano, as rendas dispararam 11,5% para uma mediana de 6,03 euros, refere o INE. Analisando todo o primeiro semestre, o aumento foi de 6,4% para 5,8 euros, face à mediana de 5,47 euros observada no mesmo período do ano passado. Foram 30 os municípios com rendas acima da mediana nacional, mas muitos onde se observaram descidas de preços.

Lisboa continua a ser a cidade mais cara para arrendar casa, mas até aqui as rendas caíram: ficaram 6,7% mais baratas, com o metro quadrado a custar 11,12 euros. Entre as 24 freguesias da cidade, apenas uma escapou às perdas e, mesmo assim, a subida foi residual — no Beato as rendas subiram 0,1% para 10,71 euros por metro quadrado. Santo António continua a ser a freguesia mais cara (13,28 euros) e Santa Clara a mais barata (8,11 euros).

Vejamos um exemplo. Arrendar um T2 com 70 metros quadrados em Santo António poderia custar 929 euros por mês, enquanto o mesmo T2 em Santa Clara custaria 568 euros.

Em termos de evolução das rendas no primeiro semestre, as maiores descidas de preços das rendas aconteceram nas Avenidas Novas (-11,6% para 11,47 euros), em Carnide (-10,8% para 10,73 euros) e no Lumiar (-10,1% para 10,02 euros). Penha de França foi onde a descida foi menor: -0,7% para 10,67 euros.

No Porto, a tendência foi semelhante e nenhuma das sete freguesias escapou às perdas. Na Invicta as rendas caíram 3,6% para uma mediana de 8,61 euros por metro quadrado, de acordo com o INE. A União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória continua a ser a mais cara para arrendar casa, com o metro quadrado a custar 9,17 euros, enquanto Campanhã continua a ser a mais barata (7,65 euros).

Vejamos um exemplo. Arrendar um T2 com 70 metros quadrados em Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau ou Vitória poderia custar 642 euros por mês, enquanto o mesmo T2 em Campanhã custaria 536 euros.

Em termos de evolução das rendas no primeiro semestre, as maiores descidas de preços das rendas aconteceram em Ramalde (-8,2% para 8,04 euros), e na União das freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos (-6,1% para 8,91 euros). Paranhos foi onde a descida foi menor: -1,3% para 8,24 euros.

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