Rendas das casas dão salto de 11,5% no segundo trimestre
Em linha com as subidas que se têm registado no preço de venda, também as rendas aumentaram no segundo trimestre. Lisboa continua a ser a cidade mais cara para arrendar casa.
Depois de uma subida de 5,3% no primeiro trimestre, as rendas aceleraram ainda mais no segundo trimestre deste ano. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os arrendamentos ficaram 11,5% mais caros, perfazendo uma mediana nacional de 6,03 euros. Lisboa, como tem sido habitual, continua a ser a cidade mais cara para arrendar casa em todo o país.
Entre abril e junho, foram assinados 20.568 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares no país, o que mostra um disparo de 49,3% face ao trimestre anterior. Neste período, o valor mediano das rendas subiu 11,5% para 6,03 euros face ao mesmo trimestre do ano passado, uma subida mais acentuada do que a observada no primeiro trimestre (5,3%), quando as rendas estavam nos 5,8 euros.
Evolução das rendas no segundo trimestre
Fonte: INE
Relativamente ao primeiro trimestre de 2021, as rendas medianas cresceram 4,1% e, fazendo o cálculo por semestre, subiram 6,4% face ao primeiro semestre de 2020, para uma mediana de 5,82 euros (no primeiro semestre de 2020 a mediana tinha sido de 5,47 euros).
Numa análise às 25 sub-regiões do país, houve quatro com rendas acima do valor nacional, mantendo-se a capital como a zona mais cara. Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), onde foram celebrados 7.171 contratos de arrendamento — cerca de um terço do total –, o valor mediano das rendas fixou-se nos 8,82 euros. Atrás aparece o Algarve (6,96 euros), a Área Metropolitana do Porto (6,4 euros) e a Madeira (6,32 euros).
Ainda no segundo trimestre, o INE destaca que se verificou um aumento do número de novos contratos de arrendamento face ao ano passado nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes. Deste conjunto, são de destacar os municípios do Porto (+115,9%), Lisboa (+87,7%) e Oeiras (+87,0%), com as maiores taxas homólogas, mas que apresentaram simultaneamente uma diminuição da renda mediana (-0,2%, -3,2% e -0,8%, respetivamente).
Os dados do INE são referentes a novos contratos de arrendamento realizados entre abril e junho. Importa referir que, a partir do próximo ano, as rendas poderão sofrer uma atualização de acordo com a inflação, caso o senhorio assim entenda. Os dados mostram que os aumentos serão de 0,43%.
(Notícia atualizada às 11h45 com mais informação)
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