“Não é o momento” para falar sobre a substituição do Chefe do Estado-Maior da Armada, diz Marcelo

Presidente da República diz que "não é este o momento" para falar da sucessão do Chefe do Estado-Maior da Armada, afirmando não ter qualquer decisão tomada. "Não há razões para especulações", diz.

O Presidente da República diz que “não é este o momento” para falar da sucessão do Chefe do Estado-Maior da Armada, depois das notícias que davam conta que o vice-almirante Gouveia e Melo iria ser proposto para ocupar essa posição. Em declarações aos jornalistas, Marcelo esclareceu “três equívocos” sobre o assunto, afirmando também que essa é uma decisão que cabe ao Presidente da República, mas que ainda não está tomada.

“Há aqui um equívoco de momento acerca da cessação de funções do almirante Chefe General da Armada”, disse Marcelo esta quarta-feira, em declarações transmitidas pela RTP3, afirmando ainda que o almirante António Mendes Calado é um “exemplo de lealdade institucional”.

“O almirante Chefe General da Armada viu o seu mandato renovado a partir de 1 de março deste ano. Normalmente, essa renovação dura dois anos, mas este mostrou uma disponibilidade (…) para prescindir de parte desse tempo, para permitir que pudessem aceder à sua sucessão camaradas seus antes de deixar o ativo”, explicou o Presidente da República. “Nessa altura, foi acertado um determinado momento para isso [cessação de funções] ocorrer, que não é este momento”.

O “segundo equívoco”, continuou Marcelo, tem a ver com as razões para a cessação de funções do Chefe General da Armada. “Vi alegado que teria havido como razão a intervenção que fez (…) no processo de elaboração de uma lei“. Este interveio, “como é seu direito e dever”, expondo a sua opinião, mas “a partir do momento em que foi votada a lei, acatou-a e respeitou-a”.

O “terceiro equívoco” tem a ver com a possível indicação do vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da task-force para a vacinação, o Presidente da República diz ser precoce falar no assunto, sobretudo porque ainda nada está decidido. “Só faz sentido falar em substituição depois de terminado o exercício de funções. Não sendo esse o caso, em momento adequado — que não é este — se falará em substituição“, afirmou.

“Só há uma pessoa que tem poder de decisão: é o Presidente da República. E não vale a pena estar a antecipar palavras e decisões que não existiram. Não há razões para especulações“, apontou Marcelo.

(Notícia atualizada às 13h39 com mais informação)

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