Vai viajar? Procure no Google o voo com menos emissões poluentes

  • Lusa
  • 7 Outubro 2021

Os utilizadores podem priorizar a sua pesquisa por emissões de dióxido de carbono, sendo que os voos com emissões abaixo da média estão destacados a verde, notícia a agência AP.

Uma nova ferramenta de pesquisa da Google, lançada esta quarta-feira, informa quais são os voos com emissões de carbono mais baixas e permite aos utilizadores selecionar as viagens com base nesse critério.

Da mesma forma que os motores de pesquisa permitem selecionar voos com o preço mais baixo, ou com um determinado número de escalas, este novo recuso permite, com uma pesquisa básica, ter uma estimativa de quantos quilogramas de dióxido de carbono o voo vai gerar durante a viagem.

Se assim desejarem, os utilizadores podem priorizar a sua pesquisa por emissões de dióxido de carbono, sendo que os voos com emissões abaixo da média estão destacados a verde, notícia a agência AP.

A gigante tecnológica norte-americana Google revelou que as estimativas resultam de uma combinação de dados da Agência Ambiental Europeia com informação específicas de voos obtidas por companhias aéreas e outros fornecedores.

Estes dados podem incluir a idade, modelo ou configuração de um avião, a velocidade ou altitude a que ele voa ou ainda a distância entre a origem e o destino do voo.

Alguns dos voos podem não ter estimativas sobre as emissões de dióxido de carbono devido à falta de dados sobre determinadas aeronaves ou outras informações ausentes, salientou a Google.

A empresa norte-americana explicou ainda que as estimativas não levam em consideração a direção que o avião percorre, apesar de este ser um fator potencialmente significativo, ao voar a favor ou contra o vento, ou se o voo está a utilizar ou não biocombustíveis ou outras alternativas.

Através da nova ferramenta é possível assinalar que os voos menos poluentes na área de Washington para Chicago são todos da companhia United e utilizando o Boeing 737s.

Os 128 quilos de dióxido de carbono emitidos ficam 21% abaixo da média.

Um voo da American Airlines, também num Boeing 737, de São Francisco para Nova Iorque, com escala em Dallas, emite 535 quilos de dióxido de carbono, 09% a menos que a média para esta rota.

Múltiplas escalas podem resultar num aumento das emissões de dióxido de carbono, mas este nem sempre é o caso.

A Google salientou que um avião com maior eficiência de combustível pode emitir menos gases poluentes numa uma viagem com múltiplas escalas do que um avião mais antigo a realizar uma rota sem escalas.

Os aviões são responsáveis por uma pequena percentagem das emissões que resultam em mudanças climáticas, cerca de 02% a 03%, mas a participação destes tem vindo a crescer rapidamente e deve praticamente triplicar até meados do século, com o crescimento global das viagens.

O grupo de companhias aéreas Airlines for America referiu que as transportadoras norte-americanas mais do que duplicaram a eficiência de combustível das suas frotas desde 1978 e planeiam novas reduções de dióxido de carbono.

No entanto, o Conselho Internacional para o Transporte Limpo sublinhou que o tráfego de passageiros está a crescer quase quatro vezes mais rápido do que a eficiência nos combustíveis o que resulta num aumento de 33% nas emissões entre 2013 e 2019.

A nova ferramenta que permite selecionar voos pela quantidade de emissões destes surge no seguimento da introdução pela Google, no mês passado, de uma ferramenta que permite aos utilizadores encontrarem hotéis com ‘certificação ecológica’.

Também na quarta-feira a empresa detida pela Alphabet e com sede em Mountain View, na Califórnia, revelou uma tecnologia que permite aos condutores encontrarem as rotas mais económicas no Google Maps.

E lançou ainda novas atualizações que ajudam os utilizadores a encontrarem energia da rede elétrica nos horários em que as fontes de produção são mais limpas, como a eólica e a solar.

Os novos recursos fazem parte de uma iniciativa de sustentabilidade revelada na quarta-feira pelo CEO da Google, Sundar Pichai, e que pretende que a empresa opere no seu campus e ‘data centers’ através de energia livre de carbono até 2030.

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