Estado vai injetar mais 1,5 mil milhões na TAP

Orçamento do Estado contempla mais 536 milhões para a companhia aérea ainda este ano e 990 no próximo.

A companhia aérea portuguesa vai receber mais 1.526 milhões dos contribuintes. Ainda este ano entram mais 536 milhões na TAP, que somam ao aumento de capital de 462 milhões realizado em maio. No próximo ano, será contemplada com mais 990 milhões. Em três anos o Estado vai injetar 3,19 mil milhões.

O valor que entrará na TAP este ano é o dobro dos 500 milhões em garantias de Estado para o financiamento nos mercados que ficou previsto no Orçamento para este ano, embora na altura o Governo já fizesse a ressalva de que o valor era incerto. Estava dependente da evolução da pandemia, da procura por transporte aéreo e do plano de reestruturação da TAP.

Os 536 milhões que serão injetados até ao final do ano juntam-se ao aumento de capital que fez entrar 462 milhões na companhia em maio, no âmbito de compensações devido à pandemia. Depois desta operação, o Estado ficou a deter direta e indiretamente perto de 98% no negócio da aviação. Os restantes 2% estão divididos entre Humberto Pedrosa (1,8%) e os trabalhadores (0,4%).

Àqueles valores acresce um financiamento de 1,2 mil milhões de euros concedido em 2020, cujo reembolso foi estendido até ao final do ano. Não havendo novas injeções, a TAP receberá um total de 3.188 milhões, em linha com o plano de reestruturação entregue em Bruxelas, que aguarda ainda a aprovação da Comissão Europeia. É essa a expectativa deixada no relatório do OE.

“É previsto no Plano de Reestruturação apresentado à Comissão Europeia, no seu cenário central, que 2022 seja o último ano em que o Estado português injeta dinheiro na TAP, no valor de 990 milhões de euros. A TAP ficará, assim, devidamente capitalizada para poder prosseguir a sua atividade, contribuindo fortemente para a economia portuguesa”, diz o relatório.

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