Sinais do Governo a propostas de PCP são de “completa rejeição”, diz Miguel Tiago

Figuras do PCP defendem que, pelo que já foi anunciado, o Governo não está a dar resposta aos problemas do país, apesar de existir uma maior folga.

Numa altura em que se aguarda a entrega da proposta do Orçamento do Estado no Parlamento, Miguel Tiago, antigo deputado do PCP, defende que o que já tem sido conhecido do documento mostra que o Governo tem rejeitado as propostas do partido e, nomeadamente, as que Jerónimo de Sousa tem trazido para a discussão.

O antigo deputado do PCP ressalva que os grupos parlamentares têm ainda de conhecer o documento, mas reitera que “os sinais que o Governo tem dado, nomeadamente a questões colocadas em cima da mesa pelo secretário-geral do PCP e pelo PCP, são de completa rejeição”, no programa 360 da RTP3.

“Não podemos avaliar o OE apenas pelo que contém, também temos de avaliar pelo que não contém”, sinaliza o comentador, designadamente no que diz respeito a questões como a legislação laboral e o salário mínimo. Matérias que têm até “merecido da parte do PS uma aliança com a direita”, aponta, referindo-se por exemplo à votação da proposta para aumentar o salário mínimo.

Miguel Tiago defende assim que em “questões fundamentais a que importava dar resposta” não se estão a registar avanços, apesar de ser uma altura em que existe mais flexibilidade em termos orçamentais. “Estamos numa altura em que cenário macroeconómico e PRR permitem tanta folga, é altura de resolver problemas”, reitera, sublinhando que “não é o momento em que o Governo e o PS possam dizer que para o ano é que é”.

Mais tarde no mesmo programa, o deputado do PCP Duarte Alves defendeu a mesma visão, reiterando que “neste momento os sinais que temos são de grande preocupação face à falta de resposta aos problemas que o país tem”. Em causa estão questões como os salários, pensões e creches, onde já se fizeram alguns avanços mas o partido diz que ainda falta muito caminho.

Para além disso, Duarte Alves nota também que em questões como as alterações à lei laboral, energia e habitação, o “PS juntou-se a PSD e CDS para chumbar as propostas do PCP”. Questionado sobre o sentido de voto do partido, o deputado não se quis comprometer, mas admitiu que existem “grandes preocupações”.

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