Fitch mantém ratings mas sobe outlook da Caixa e BCP

Agência destaca resiliência da carteira de ativos dos dois bancos e a capacidade de gerar lucros, apesar do impacto da pandemia. Não sobe rating por causa dos riscos económicos da crise pandémica.

A Fitch manteve os ratings da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e do BCP, mas melhorou as perspetivas de evolução (outlook) dos dois bancos. Para o banco público, ao melhorar o outlook de “negativo” para “positivo”, a agência americana sinaliza mesmo uma subida da notação de risco nos próximos meses. Quanto ao Montepio, nada mudou.

A justificar estas decisões está a “resiliência da qualidade dos ativos” e a “rentabilidade” da Caixa e do BCP (no caso do BCP, o outlook sobe para “estável”), isto apesar do impacto da crise pandémica, explicam os analistas da Fitch em duas notas divulgadas esta segunda-feira.

“Acreditamos que isto permitirá ao banco gerar um lucro antes de imparidades suficiente para absorver futuros encargos com imparidades para crédito face à pressão da qualidade dos ativos”, afirmou a agência de rating em relação a ambos os bancos.

Quanto ao BCP, a Fitch acrescenta o tema das provisões para os riscos legais com os créditos hipotecários em francos suíços na Polónia para dizer que o banco liderado por Miguel Maya será capaz de aguentar o choque.

Sobre a Caixa, os analistas destacam a robustez ao nível dos rácios de capital, que deverão continuar “a exceder de forma significativa os níveis dos outros bancos portugueses e dos bancos do sul da Europa”.

A Fitch destaca ainda a redução da incerteza relacionada com o impacto da pandemia na economia portuguesa, embora se mantenham riscos relevantes e que estão a impedir melhorias nos ratings dos dois bancos.

A Caixa tem um rating de “BB+”, um nível abaixo do patamar de “investimento de qualidade”. Já o rating do BCP está um nível abaixo: “BB”. E o Montepio manteve o rating de “B-” com outlook “negativo”.

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