5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados
No dia em que é conhecida a taxa de inflação, a presidente da Fed volta a falar. Na Europa, os investidores estarão atentos aos resultados da banca, isto quando Portugal volta ao mercado da dívida.
Dia cheio para os mercados norte-americanos. A presidente da Fed volta a falar, agora perante o Congresso, onde deverá reiterar a ideia de que uma nova subida da taxa de juros nos EUA está para muito breve, isto quando se aguarda a divulgação da taxa de inflação. Ao mesmo tempo, na Europa, prossegue a época de apresentação de resultados, com especial atenção à banca. Em Portugal, há mais um leilão de dívida, desta vez de bilhetes do Tesouro.
Portugal volta às taxas negativas?
Portugal volta hoje ao mercado, depois de, na semana passada, o Tesouro português ter obtido um financiamento de 1.180 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos. A operação ficou aquém do máximo previsto, sendo que a taxa exigida pelos investidores também ficou muito acima das emissões anteriores. Numa altura em que os juros da dívida a dez anos estão acima dos 4%, o IGCP vai leiloar títulos de curto prazo. Será que vai conseguir novamente taxas negativas? No mercado secundário, os juros até 12 meses estão abaixo de zero.
Yellen fala, agora no Congresso
Janet Yellen disse esta terça-feira, no Senado, que é “imprudente” esperar demasiado tempo para subir os juros face ao contínuo crescimento e subida da inflação. Ou seja, a Reserva Federal dos EUA pode subir as taxas de juro já em março. Primeiro assustou os investidores, mas incorporada a nova subida da taxa as bolsas norte-americanas voltaram a recordes: atingiram máximos históricos pela quarta sessão consecutiva. Esta quarta-feira, Yellen volta a falar. A presidente do banco central norte-americano discursa perante a Câmara dos Representantes onde deverá repetir o discurso: vem aí uma nova subida dos juros na maior economia do mundo.
Investidores atentos à inflação norte-americana
A inflação é um dos indicadores mais importantes para a Reserva Federal dos EUA quando toma decisões de política monetária. Por isso, hoje a sua divulgação será um evento de relevo para os investidores. Mas, segundo a Bloomberg, os preços não devem registar grandes alterações. E, por isso, os dados não devem alterar de forma significativa os planos futuros do banco central dos EUA. Yellen, ao que parece, já tomou a decisão de subir a taxa diretora em março.
EUA divulgam reservas de petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo tem cumprido o que prometeu: cortar a produção de petróleo. E este acordo tem impulsionado os preços da matéria-prima. Mas o mesmo pode não estar a acontecer nos EUA. A Agência Internacional de Energia já antecipou um incremento “significativo” da produção de petróleo do outro lado do Atlântico, o que tem impedido uma subida mais expressiva dos preços da matéria-prima. O Departamento de Energia dos EUA divulga esta quarta-feira as reservas de crude da última semana, um dado que poderá influenciar as cotações do “ouro negro”, numa semana que até começou bem para os preços.
Época de resultados continua a todo o vapor
Na Europa, a época de resultados continua. A Cisco Systems e a Pepsi apresentam resultados, mas os investidores vão estar atentos, sobretudo, à banca, depois dos prejuízos superiores a dois mil milhões reportados pelo Credit Suisse. Hoje, é a vez do Crédit Agricole. Os analistas da Bloomberg antecipam que o banco francês tenha lucros antes de impostos superiores a mil milhões de euros no conjunto do ano passado.
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