Depois dos máximos, juros da dívida aliviam
Os juros da dívida portuguesa estão em queda, afastando-se dos máximos alcançados nos últimos dias. Uma tendência que é transversal aos outros países da Zona Euro.
Os juros da dívida portuguesa estão em queda. Acompanham a tendência de alívio dos restantes países da Zona Euro, depois de se ter realizado o primeiro leilão de títulos de longo prazo deste ano. As taxas estão a cair perto de quatro pontos base, afastando-se dos máximos alcançados nos últimos dias.
A queda das taxas das obrigações do Tesouro não se verifica apenas em Portugal, mas também na Alemanha, França e Espanha. É, por isso, transversal aos países da Zona Euro. Entre os vários prazos, os juros da dívida portuguesa a dois anos são os únicos que sobem. Mas a tendência geral é de alívio na pressão do mercado.
Os juros a cinco anos registam uma queda de 2,7 pontos base, enquanto as taxas a sete anos aliviam ligeiramente, isto depois do leilão. A descida também se está a observar no prazo a dez anos, com os juros a recuaram 2,2 pontos base para os 4,093%, depois dos máximos de três anos registados no final da semana passada.
Juros da dívida a dez anos aliviam
Portugal voltou ao mercado. E voltou a pagar mais para obter um financiamento de 1.180 milhões de euros, aquém do máximo previsto. Depois de ver a taxa disparar na emissão a dez anos no arranque do ano, os juros escalaram no duplo leilão a cinco e sete anos, refletindo o sucessivo agravamento das yields no mercado secundário nos últimos tempos. A taxa no prazo a sete anos chegou aos 3,668%.
Portugal tem estado sob os holofotes dos investidores, mas não pelos melhores motivos. A pressão tem sido provocada pelos receios dos investidores em torno do fim do programa de compras de dívida do Banco Central Europeu, assim como pela indefinição política na Europa, num ano marcado por várias eleições em países como França e Alemanha. Isto além da desconfiança dos investidores em torno da banca.
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