Portugal tem o 30.º passaporte mais influente do mundo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Outubro 2021

Portugal surge em 30.º lugar no ranking dos passaportes mais poderosos do mundo. No pódio estão EUA, Alemanha e Canadá.

Portugal tem o 30.º passaporte mais poderoso do mundo. Apesar de surgir em posições altas nas categorias de Mobilidade Avançada (8.º lugar) e de Qualidade de Vida (12.º lugar), Portugal não vai além do 72.º lugar no que toca ao investimento, revela o Global Passport Index.

Este índice, que avaliou os passaportes mais influentes do mundo tendo em conta, além da mobilidade, as oportunidades de investimento e a qualidade de vida oferecidas em 197 países, foi criado pela Global Citizen Solutions, uma empresa de assessoria de compra de imóveis e cidadania através de investimento.

O Global Passport Index surge após terem sido revelados, no passado mês de agosto, quais os países que permitem aos seus cidadãos viajar para o maior número de destinos sem necessidade de visto. Perante um mundo cada vez mais globalizado, o direito de passagem “visa-free” representa apenas uma parte do valor de qualquer destino, já que muitas pessoas procuram investir para além das fronteiras onde nasceram e obter residência no estrangeiro. Estas pessoas, porém, deparam-se com uma série de dificuldades na hora de escolher o país certo, pois têm de ter em consideração fatores que podem ir desde o estilo de vida às oportunidades de investimento. Foi para ajudar nesta tarefa que a Global Citizen Solutions criou este novo índice.

Assim, com um total de 96,4 pontos, os Estados Unidos da América têm o passaporte mais poderoso do mundo, dadas as classificações em 10.º lugar no Índice de Mobilidade, em 4.º lugar no Índice de Investimento e em 23.º lugar no Índice de Qualidade de Vida. A Alemanha e o Canadá fecham o ‘top 3’, sendo que o peso de cada subcategoria se divide em 50% para a mobilidade, 25% para o investimento e outros 25% para a qualidade de vida.

Apesar de não ocuparem o topo da tabela em nenhum índice isolado, os EUA pontuaram bem nos índices de Investimento, Qualidade de Vida e Mobilidade Melhorada. Isto porque, “dependendo das prioridades de cada um, há destinos que são potencialmente vistos como melhores alternativas“, comenta a diretora da agência, Patricia Casaburi, citada em comunicado.

Se tivermos apenas em conta, por exemplo, os índices de Mobilidade Melhorada (o único dos três em que Portugal surge nos dez primeiros lugares) e de Investimento, ambos são liderados por Singapura. No entanto, este país asiático ocupa o 130.º lugar no ranking de Qualidade de Vida, sobretudo por causa do seu elevado custo de vida, que supera o dos Estados Unidos e da Suécia. Por estes motivos, Singapura surge no 15.º lugar do Global Passport Index, com uma pontuação de 92,5.

A Suécia encabeça o Índice de Qualidade de Vida, face à elevada pontuação nos seis critérios avaliados, que incluem o Índice dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Relatório da Felicidade Mundial, ambos das Nações Unidas, e ainda o Índice da Liberdade no Mundo, elaborado pela organização Freedom House. Mas o 15.º lugar no Índice de Mobilidade Melhorada e o 31.º no Índice de Investimento atiram o país escandinavo para a sexta posição na classificação geral.

Na última posição entre os 197 países analisados surge o Iémen, que vive uma guerra civil desde 2015 e é já classificado como a pior crise humanitária do mundo.

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