Portugal mantém terceira maior dívida pública da UE, superior a 135% do PIB

O rácio da dívida pública de Portugal continuou a ser o terceiro mais elevado da União Europeia no segundo trimestre, sendo apenas superado pelo da Grécia e de Itália. Está em 135,4% do PIB.

Portugal continuou a ter o terceiro maior rácio de dívida pública entre os países da União Europeia (UE), sendo ultrapassado apenas pela Grécia e Itália. A atualização foi feita pelo gabinete oficial de estatísticas da região, que publicou esta sexta-feira uma série de indicadores sobre as finanças públicas da UE e da Zona Euro.

No final do segundo trimestre, a dúvida pública de Portugal era de 135,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o terceiro pior rácio da região, mas um alívio face aos 139,1% do PIB registados no primeiro trimestre. O rácio é superior, contudo, aos 126,3% do PIB observados no segundo trimestre de 2020, fortemente marcado pela pandemia.

Apenas a dívida pública de 207,2% do PIB da Grécia e de 156,3% do PIB de Itália superam o rácio português, de acordo com a informação recolhida pelo Eurostat.

Alargando o espetro de análise, há boas notícias a assinalar no plano da Zona Euro. Depois de um primeiro trimestre em que o rácio de dívida pública da região se agravou para 100% do PIB, a leitura do segundo trimestre é de 98,3%.

Na UE, o rácio de dívida pública também registou um desagravamento, tendo descido em cadeia de 92,4% para 90,9%, segundo o Eurostat.

Crescimento do PIB encolhe défices

Os défices orçamentais da Zona Euro e da União Europeia (UE) voltaram a encolher no segundo trimestre, sobretudo devido ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar da melhoria, o Eurostat sublinha que os défices “continuam num nível elevado”, influenciados pelas políticas de resposta ao coronavírus.

Entre abril e junho, os dados provisórios do gabinete europeu de estatísticas mostram que o défice da Zona Euro fixou-se em 6,9% do PIB, uma melhoria de 0,2 pontos percentuais em cadeia. Já o défice da UE aliviou em 0,3 pontos percentuais, para 6,3% do PIB.

Portugal posiciona-se melhor do que a média da Zona Euro e da UE, tendo registado um défice de 4,5% do PIB no segundo trimestre. O défice português recua há quatro trimestres consecutivos em cadeia.

Estes saldos negativos indicam que as despesas foram superiores às receitas. As leituras são ajustadas à sazonalidade.

O défice de 6,9% da Zona Euro no segundo trimestre compara com o de 12,3% no mesmo trimestre de 2020 e com o de 0,4% no segundo trimestre de 2019, antes da pandemia. O défice de 6,3% da UE é, também, uma melhoria expressiva face ao de 12% no período homólogo e o de 0,3% entre abril e junho de 2019.

“O défice face ao PIB recuou principalmente devido ao crescimento do PIB e tanto as despesas como as receitas aumentaram em termos absolutos em comparação com o primeiro trimestre de 2021”, interpreta o Eurostat. “A receita total e a despesa total continuam a ser influenciadas pelas políticas de resposta à pandemia de Covid-19”, acrescenta.

O défice mais elevado foi registado por França (9,6% do PIB), seguindo-se a Hungria (8,5%) e Espanha (7,3%). Apenas dois Estados-membros registaram no trimestre receitas superiores às despesas: Dinamarca e Luxemburgo, com excedentes de, respetivamente, 0,4% e 3,6%.

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