Banco do BCP na Polónia perde 181,2 milhões de euros até setembro
Bank Millennium registou prejuízo de mais de 181 milhões entre janeiro e setembro, um resultado "substancialmente influenciado" por provisões relacionadas com créditos hipotecários.
O Bank Millennium, com sede em Varsóvia, e no qual o BCP detém uma participação de 50,1%, encerrou os nove primeiros meses do ano com um prejuízo de 181,2 milhões de euros (-823 milhões de zlótis), informou esta terça-feira a instituição bancária, num comunicado enviado à CMVM. Este resultado já era esperado pelo banco português.
O desempenho foi substancialmente influenciado por provisões relacionadas com riscos legais associados à carteira de créditos hipotecários concedidos em moeda estrangeira, no montante total de 1.573 milhões de zlótis (346,3 milhões de euros)”, lê-se no documento.
Deste montante, 1.424 milhões de zlótis (313,5 milhões de euros) dizem respeito à carteira de créditos hipotecários concedidos pelo próprio banco e 149 milhões de zlótis (32,8 milhões de euros) estão relacionados com a carteira do Euro Bank [comprada em 2019 pelo BCP]. O banco polaco nota que, o nível de provisões acumuladas, representa 20,3% do valor da carteira de créditos hipotecários em moeda estrangeira.
Este cenário já era esperado pelo BCP — que, a 6 de outubro, num outro comunicado à CMVM, já antecipava um resultado negativo. Nesse documento, lia-se que o Bank Millennium tinha decidido constituir nas contas do terceiro trimestre “provisões de 451,8 milhões de zlótis para riscos legais relacionados com empréstimos hipotecários em moeda estrangeira”.
No documento publicado esta terça-feira, o banco informa ainda que, excluindo as provisões relacionadas com a carteira de créditos hipotecários em francos suíços, o resultado líquido do Bank Millennium cifrou-se em 803 milhões de zlótis (176,7 milhões de euros), ou seja, um crescimento de 51,5%.
Entre janeiro e setembro, os proveitos operacionais diminuíram 1,2% face ao mesmo período do ano passado, enquanto a margem financeira diminuiu 0,6%, “refletindo o impacto da redução das taxas de juro em 2020”. Por sua vez, as comissões aumentaram 11,3% e os custos operacionais recuaram 9,5%, “suportados por menores custos relacionados com contribuições regulamentares e iniciativas de corte de custos”.
(Notícia atualizada às 8h29 com mais informação)
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