Há uma nova ferramenta que permite às empresas calcular o dióxido de carbono que emitem

A GoParity desenvolveu uma ferramenta que permite às empresas calcularem o dióxido de carbono que emitem durante o transporte das suas encomendas, na frota dos carros e viagens de avião ou pelo consumo de energia nos escritórios, anunciou a startup esta quarta-feira na Web Summit.

Com esta nova ferramenta, as entidades “podem compensar a sua pegada carbónica”, deixando isto de “representar um custo” e passando a ser “um investimento que é recuperado ao longo dos anos segundo os planos definidos com juros”, diz Nuno Brito Jorge, CEO da GoParity, citado em comunicado. “É um impacto real e circular para as empresas que investem (…) e para as pessoas impactadas positivamente pelos projetos”.

As empresas poderão, assim, calcular o dióxido de carbono emitido pelo transporte das suas encomendas (no caso de empresas com comércio online), frota de carros e viagens de avião dos colaboradores em viagens, ou pelo consumo de energia dos escritórios. Uma vez simulada a pegada, as empresas podem ficar a saber qual o valor a investir em projetos de sustentabilidade que evitam a emissão de CO2.

De entre os vários projetos que contribuem para evitar essas emissões, destacam-se projetos de energia solar para autoconsumo, projetos de reflorestação e projetos de eficiência energética, diz a GoParity. “Sempre que um investidor individual ou empresa efetua um investimento através da GoParity, consegue monitorizar o seu impacto positivo relativo ao CO2 evitado e a percentagem da sua pegada que conseguiu reduzir”.

“É mais um passo em direção à descarbonização da economia. A compensação do dióxido de carbono emitido é uma abordagem inovadora por permitir que as empresas invistam com retorno em projetos que evitam emissões de CO2, em vez de pagarem”, diz Nuno Brito Jorge.

Em quatro anos de atividade, a GoParity já gerou mais de nove milhões de euros para mais de 125 projetos. No total, os projetos evitam uma média de 22 mil toneladas de emissões de CO2 por ano, e já foram impactadas cerca de 60 mil pessoas.