BE diz que eleições não eram uma “inevitabilidade” e recusa guerra sobre data
O líder parlamentar do BE reiterou que a convocação de legislativas antecipadas não eram “uma inevitabilidade”, mas recusou uma “guerra política” em torno da data escolhida.
O BE insistiu esta quinta-feira que legislativas antecipadas não eram “uma inevitabilidade” e que este não era o desejo do partido, mas defendeu que “nenhum democrata pode ter medo de eleições”, recusando uma “guerra política” em torno da data escolhida.
Numa reação ao anúncio feito esta noite pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de que vai dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas para 30 de janeiro, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, começou por defender que este desfecho “não era uma inevitabilidade”.
O Presidente da República foi quem, ainda decorria o processo negocial, ameaçou com a existência de eleições antecipadas e foi, da parte do Governo, o senhor primeiro-ministro quem não pretendeu ter no processo de discussão do Orçamento do Estado, um orçamento capaz de responder ao país. Da parte do Bloco de Esquerda, nós não desejámos eleições e sempre tivemos como vontade garantir um orçamento que não faltasse ao país neste momento fundamental”, criticou.
No entanto, para Pedro Filipe Soares “nenhum democrata pode ter medo de eleições” e, por isso mesmo, os bloquistas estão “disponíveis para fazer esse percurso”.
“Da mesma forma que ninguém percebeu que o senhor primeiro-ministro pretendesse fazer uma crise política para impedir a valorização de pensões, para garantir direitos a quem trabalha ou para faltar ao investimento necessário para uma garantia de qualidade do SNS, também creio que ninguém compreenderá que se faça uma guerra política em torno da data das eleições ser uma semana depois, uma semana antes”, respondeu quando questionado sobre a data escolhida.
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