Cecília Meireles do CDS mete “ponto final” à vida política e “vira a página para uma vida nova”

A deputada do CDS vai abandonar a Assembleia da República após a sua dissolução e não planeia continuar na vida política ativa. Cecília Meireles junta-se assim a um grupo de centristas — como Adolfo Mesquita Nunes, António Pires de Lima, Michael Seufert, entre outros — que se afastou da liderança de Francisco Rodrigues dos Santos depois de o Conselho Nacional do partido ter adiado as eleições internas contra o eurodeputado Nuno Melo para depois das legislativas antecipadas.

“Cheguei à conclusão de que a decisão mais serena e mais leal, a única decisão que me parece possível, é que, cumprindo o mandato até ao fim, cumprindo estas últimas três semanas, com a dissolução do Parlamento colocarei um ponto final na minha vida parlamentar e encargos partidários. Ou seja, deixo o Parlamento e planeio virar uma página e começar uma vida nova”, afirmou Cecília Meireles esta sexta-feira no espaço de opinião “Não Alinhados” da TSF.

A deputada centrista considera que houve “coisas graves” no último Conselho Nacional do CDS, afirmando que “se tornou impossível” a partir desse momento ter cargos no partido. “Não é sem emoção que ponho um ponto final neste ciclo”, disse na rádio, argumentando que o CDS fez a “diferença” na vida política nacional ainda que agora não esteja a “cumprir o seu papel”. Ainda assim, Cecília Meireles vai manter-se como militante do partido onde está há 25 anos.