Credit Suisse fecha conta bancária de Ai Weiwei
"Mesmo que invertam esta decisão não estou disposto a estar associado a um banco que tem uma relação tão estranha com a China" disse Ai Weiwei.
O Credit Suisse fechou uma conta bancária do artista chinês dissidente, Ai Weiwei, por falta de documentação, justificou o banco respondendo assim à acusação de que o banco suíço, agora presidido por António Horta Osório, o tinha excluído como parte da estratégia da instituição para conquistar negócios na China.
“A decisão do banco foi tomada na primavera de 2021 porque o senhor Weiwei não apresentou a informação legalmente exigida apesar dos repetidos pedidos do banco”, disse a instituição à Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês). “O fim da relação com o cliente foi justificada por razões empresariais”, disse o banco confirmando assim a notícia avançada pelo jornal suíço Tages-Anzeiger (acesso condicionado, conteúdo em alemão).
O artista, que agora vive em Portugal, escreveu no site artnet.com, em setembro que o banco lhe tinha dito que ia encerrar a sua conta porque tinha registo criminal, apesar de ter contra argumentado que nunca foi acusado formalmente apesar de ter sido detido durante 81 dias, na China em 2011. “Por que razão o Credit Suisse estava a usar o meu ‘crime’ como razão para fechar a minha conta bancária? Não há muito tempo a instituição anunciou que estava a acelerar o recrutamento de funcionários na China“, escreveu o artista que tem patente na Cordoaria Nacional uma exposição até 28 de novembro.
“Ao mesmo tempo, estaria a tentar assumir uma posição maioritária nas suas joint ventures no mercado de capitais e candidatar-se a uma licença que lhe permitiria expandir o seu negócio tanto na banca de investimento como na banca pessoal”, disse o artista chinês de maior projeção internacional.
Mais tarde disse à Reuters: “Mesmo que invertam esta decisão não estou disposto a estar associado a um banco que tem uma relação tão estranha com a China“.
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