Autoridades impotentes no combate aos crimes financeiros online

  • ECO
  • 14 Novembro 2021

Há anúncios nas redes sociais, por exemplo, que aliciam as vítimas para investimentos milionários em criptomoedas, mas autoridades não conseguem intervir, por falta de regulação.

O Banco de Portugal (BdP) e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) reconhecem que são impotentes na intervenção nas criptomoedas e noutros ativos por falta de regulação, numa altura em que crescem as denúncias de burla, avança este domingo o Jornal de Notícias (acesso pago).

De acordo com o jornal, há anúncios em vídeos, jogos e nas redes sociais que aliciam as vítimas para investimentos milionários em forex ou criptomoedas, tendo o cibercrime disparado durante a pandemia. Só na primeira metade deste ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já recebeu 594 denúncias, mais do que em todo o ano passado e quase o triplo das contabilizadas em 2019 (193).

Em maior detalhe, entre os diversos tipos de crime, as burlas com criptomoedas, forex e outros ativos financeiros têm tido “enorme expansão”. O BdP e a CMVM não conseguem, contudo, intervir, uma vez que não há regulação desse tipo de ativos. Os criminosos, em consequência, nunca chegam a ser condenados.

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