Com suspensão de festejos de ano novo AHRESP pede medidas de apoio
A AHRESP apela para que "haja, urgentemente, soluções que compensem a redução prevista de faturação das empresas que dependem de ações de promoção turística".
A AHRESP pediu medidas compensatórias para enfrentar os efeitos da suspensão de festas de ano novo, canceladas por várias autarquias, considerando que tal decisão vem “abalar a confiança, quer das empresas, quer dos consumidores”.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) refere no seu boletim diário que não coloca “em causa os motivos que levam a estes cancelamentos”, mas que estas comemorações, “geralmente ao ar livre, têm um papel muito importante para o turismo, em particular para a dinamização das atividades da restauração, similares e do alojamento turístico”.
“Perante o impacto que estas decisões têm na confiança de todos, a AHRESP apela para que haja, urgentemente, soluções que compensem a redução prevista de faturação das empresas que dependem, de forma direta e indireta, de ações de promoção turística de promoção do país e do território”, reivindica a associação no boletim.
No documento, a AHRESP faz ainda referência ao uso de máscaras nos bares e discotecas, citando um comunicado divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em que é recomendada “a utilização de máscara comunitária certificada ou máscara cirúrgica na comunidade, em espaços interiores, sempre que possível”.
Múltiplas autarquias, incluindo Lisboa e Porto, cancelaram os seus festejos de passagem de ano devido à evolução da pandemia da Covid-19.
Procura turística no Norte com “muita incerteza” para Natal e passagem de ano
O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal assume que o aparecimento da variante Ómicron está a lançar “muita incerteza” na procura turística para a época natalícia, mas ainda acredita que a atividade seja superior a 2020.
“Caso não tivesse surgido esta nova variante do SARS-CoV-2, o desempenho do destino [Porto e Norte de Portugal] na época alta do Natal e fim de ano esperava-se francamente positivo, mas o aparecimento da variante Ómicron e a forma como se está a lidar com o novo cenário veio lançar muita incerteza na procura turística, especialmente internacional”, avançou esta terça-feira à agência Luís Pedro Martins, presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).
Em entrevista à Lusa a propósito das perspetivas e preocupações para o Natal e a passagem de ano num momento em que se fala na quinta vaga da Covid-19, o presidente da TPNP afirmou que, com os dados que a entidade dispõe ao dia de hoje, é possível “acreditar que os índices de atividade turística no Natal e na passagem de ano “sejam superiores aos dados de 2020”.
“Mantemos a confiança nos nossos empresários e no nosso destino. Os nossos índices de vacinação são dos melhores do mundo e isso permite acreditar que vamos fechar o ano de 2021 com resultados bem melhores do que os de 2020”, estimou.
Para Luís Pedro Martins, que se não existisse esta nova variante, o desempenho do destino nesta época festiva seria “francamente positivo”, e defendeu que “Portugal é um destino seguro” e que o setor do turismo “está preparado”.
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