Preço da eletricidade bate novo recorde e chega aos 291,73 euros por megawatt hora nos mercados grossistas
Valor mais caro de sempre da energia elétrica no Mibel, na negociação intradiária, rebentou já todos os anteriores máximos históricos. Preço do gás e das licenças para a emissão de dióxido de carbono.
O preço da eletricidade no mercado grossista ibérico vai atingir um novo recorde. Na próxima quarta-feira, 15 de dezembro, o preço médio vai ascender a 291,73 euros por megawatt hora (MWh). O último recorde datava de 7 de outubro quando o preço da eletricidade no mercado grossista ibérico chegou à marca de 288,53 euros por MWh.
De acordo com o operador da plataforma de contratação diária do mercado ibérico de eletricidade (OMIE) os preços esta quarta-feira vão oscilar entre um máximo de 319,13 euros por MWh e mínimo de 261,73 euros MWh, um desempenho explicado pelo aumento dos preços do gás, mas também das licenças para a emissão de dióxido de carbono.
Na Europa e no Reino Unido, os preços do gás atingiram também novos recordes esta terça-feira no contexto de ameaças que uma potencial invasão russa da Ucrânia possa danificar as já escassas reservas para o Inverno. Os preços para o gás a ser negociado já para janeiro atingiram os 120,25 euros por MWh, depois de terem fechado nos 116€/MWh na segunda-feira, da conta o Financial Times.
Desde o início do mês, os preços do gás na Europa já aumentaram cerca de 30%, ultrapassando os recordes de outubro. Neste momento as reservas de gás europeias estão abaixo dos 70%, um número nada confortável para enfrentar o inverno.
Quanto às licenças de emissão, o valor de referência do carbono no bloco comunitário chegou já a atingir máximos históricos acima dos 90 euros por tonelada. O preço do carbono na União Europeia poderá atingir os 100 euros por tonelada até final do ano, segundo preveem os analistas, e isto depois de um disparo de 50% desde o início de novembro para níveis recorde à boleia do aumento do preço do gás.
O sistema de comércio de licenças de emissão, que estabelece os limites para a emissão de dióxido de carbono por parte das indústrias, empresas de energia e companhias áreas, tem um papel decisivo para aquilo que é a estratégia da União Europeia para reduzir as emissões de gases de efeito de estudo em 55% dos níveis de 1990 até 2030.
Os economistas sondados pela Reuters consideram que este mecanismo precisa de preços de cerca de 90 euros por tonelada para encorajar as empresas a mudarem-se para combustíveis limpos e tecnologias que cortem as emissões para níveis em linha com os objetivos do acordo climático de Paris, em 2015.
Os operadores de mercado e analistas acreditam que o preço poderá subir mesmo para os 100 euros, perante o aumento do preço do gás e com o fim de contratos de opções, fatores que podem encorajar um maior uso de centrais de carvão, que precisam comprar mais licenças de carbono por conta das suas emissões mais altas.
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