Vice-almirante Gouveia e Melo deixa em aberto possível candidatura a Belém

O ex-coordenador da task force de vacinação contra a Covid-19 deixou em aberto a possibilidade de se candidatar à Presidência da República no futuro. “Tenho uma carreira militar que pretendo continuar. O futuro só a Deus pertence”, afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, durante a cerimónia do 157.º aniversário do Diário de Notícias (acesso livre).

Em setembro, numa entrevista à Lusa de balanço sobre o processo de vacinação, Gouveia e Melo tinha dito que “daria um péssimo político”. Mas agora, mesmo ressalvando que não é um ator político, aponta que o futuro “ainda não está realizado” e que, “até lá, muita coisa pode acontecer”, encontrando semelhanças entre os políticos e os militares, no sentido em que “a política é um ato nobre para a resolução de problemas comuns, o que acaba também por ser a missão dos militares”.

O vice-almirante deixou ainda subentendida uma crítica no que toca ao processo de vacinação das crianças entre os cinco e os 11 anos, sugerindo que, para a comunicação desta questão “ser mais hábil”, tem de ser explicada às pessoas “com lógica e com números”. “Se assim for, as pessoas perdem o receio e passam a ter confiança”, disse.