“Não é aceitável ter país com classe média sufocada em impostos”, diz Rio

O presidente do PSD defende que "precisamos de um novo Governo com coragem para levar a cabo as reformas que se apresentam como necessárias".

O líder do PSD faz o discurso de encerramento do 39º Congresso Nacional do partido, onde defende que “é decisivo para futuro de Portugal o diálogo entre partidos políticos”. Rui Rio critica a gestão socialista, apontando que “não faltou dinheiro para o Novo banco, para a TAP ou para perdões fiscais à EDP”, e defende que o país não deve ter uma classe média “sufocada em impostos”.

Quanto ao Novo Banco, Rio defende que “os impostos dos portugueses foram obedientemente entregues”, com base em elementos que o Governo “pagou e não achou estranho”.

Já sobre a TAP, aponta que este é um “exemplo de gestão socialista com largos milhões despejados“, num “buraco que parece não ter fundo”. O social-democrata sublinha que o “plano continua encalhado em Bruxelas e pode não ser aprovado e depois de tanto dinheiro perdido afinal TAP até pode fechar”. “Pior era impossível”, conclui.

O presidente social-democrata faz também acusações à atitude do Governo lá fora diferente do país: “Em Bruxelas, o Governo era casado com o rigor financeiro, em Portugal vivia em união de facto com a geringonça. E isto tem de acabar”, diz.

Rio ataca também o “legado que PS deixou na saúde das últimas duas vezes que governou o país”: “há 10 anos, PS deixou SNS em situação de pré-falência”, e “hoje ao fim de seis anos, SNS está novamente fragilizado”. “O SNS não está objetivamente a dar resposta satisfatória às necessidades das pessoas”, reitera.

O discurso do líder do PSD passou também pelo ambiente, que diz ser um setor com “importância decisiva”, onde existem elementos para ser “motor da economia e para a atração de novas fileiras industriais”. “Os desafios ambientais não devem ser obstaculo aos objetivos económicos”, acrescenta ainda.

Para finalizar, Rui Rio centra-se na economia, reiterando que “Portugal precisa de um Governo com política económica” diferente, que não dificulte “sistematicamente a tarefa das empresas que criam riqueza”. O salário médio “é hoje dos mais baixos da União Europeia e explica a razão pela qual continuamos a empurrar jovens para a emigração”, salienta, defendendo que é necessário mudar, “privilegiando o desenvolvimento tecnológico e criando condições para o aumento da produtividade e dos salários”.

“Não é aceitável ter o país com a classe média sufocada em impostos e que salário médio pouco se distingue do mínimo em vigor”, atira. Acrescenta ainda que “não é racional manter apoios sociais a quem os usa para se furtar ao trabalho”. Rio conclui reiterando que “precisamos de um novo Governo com coragem para levar a cabo as reformas que se apresentam como necessárias”.

Veja aqui o discurso:

(Notícia atualizada às 14h40)

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