Residências Smart Studios à venda por 205 milhões
Portefólio inclui 587 apartamentos atualmente arrendados, 401 em construção e 1.200 a serem construídos no futuro. Carteira vale 205 milhões de euros.
As residências temporárias da Smart Studios estão prontas para mudar de mãos. A rede de pequenos apartamentos para estudantes e profissionais está no mercado desde o final de novembro e há vários fundos internacionais interessados, confirmou ao ECO Ricardo Kendall, sócio da Smart Studios. O portefólio inclui 587 apartamentos atualmente arrendados, mais de 400 em construção e 1.200 em pipeline. Está avaliado em 205 milhões de euros.
Chama-se “Project Move” e inclui uma carteira de 587 apartamentos atualmente arrendados na totalidade em Lisboa, 401 que estão a ser construídos na Asprela, no Porto, e na Escola Superior de Hotelaria e Turismo, no Estoril. Há ainda mais 1.200 apartamentos em pipeline, com projetos de arquitetura aprovados, adiantou ao ECO Ricardo Kendall, um dos sócios da Smart Studios.
O portefólio foi colocado à venda no final de mês e, de acordo com o responsável, vale 205 milhões de euros. E o interesse de potenciais compradores tem sido notório, uma vez que, desde que está no mercado, já se assinaram 30 acordos de confidencialidade. “Tem havido uma forte procura. Estamos com visitas [às residências], sobretudo de grupos estrangeiros”, afirma Ricardo Kendall, sem querer adiantar nomes das empresas interessadas.
“Todos os projetos têm os seus timmings e momentos. Neste momento, tudo o que é student housing e coliving está a correr bem. E, mesmo durante a pandemia, o student housing mostrou uma grande resiliência. É natural que haja muita procura por este tipo de produto”, explica.
O prazo para apresentação de propostas não vinculativas terminava a 17 de dezembro, mas Ricardo Kendall diz que vários interessados pediram mais tempo, então acabou por ser adiado para 14 de janeiro. A 27 de fevereiro termina o prazo para as propostas vinculativas, prevendo-se que o processo esteja concluído entre março e abril. “É mais ou menos claro que, em 2022, a empresa vai ser vendida”, diz o responsável.
O negócio vai concretizar-se em formato “forward purchase“, isto é, quando o vendedor e o comprador assinam um contrato de compra e venda a um preço definido para um imóvel que ainda está em desenvolvimento. Isto implica que a atual administração apenas receberá todo o montante acordado quando todos os apartamentos incluídos estiverem construídos. “É um formato [de venda] muito comum lá fora”, explica.
A Smart Studios nasceu em 2015 e cria “estúdios totalmente mobilados para alugar a profissionais e estudantes, nas tipologias T0, T1, duplex e mobilidade reduzida” em regime de tudo incluído, lê-se no site. Os preços vão de 399 euros por um quarto, a 530 euros por um estúdio até 1.198 euros por um duplex.
É uma das maiores operadoras de residências de estudantes no país, contando atualmente com nove residências em Lisboa: Santa Apolónia, Carcavelos, Janelas Verdes (Santos), Ajuda, Laranjeiras e Campolide. Em 2022 será inaugurado um novo edifício na Asprela, no Porto, com 280 apartamentos e salas de reuniões e estudo, jantar, zonas de lounge e um ginásio. Em 2023 e 2024 serão inauguradas mais cinco residências na capital.
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