Preços no produtor aceleram 14,4% em novembro

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2021

O índice de preços na produção da indústria transformadora aumentou 14,4% em novembro no “crescimento mais elevado da atual série” que começa em janeiro de 2011.

O índice de preços na produção da indústria transformadora aumentou 14,4% em novembro em termos homólogos, o crescimento mais elevado da série, refletindo a subida dos preços da energia e dos bens intermédios, avançou esta terça-feira o INE.

Segundo a Síntese Económica de Conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE), “o índice de preços na produção da indústria transformadora continua a revelar crescimentos significativos, registando uma taxa de variação homóloga de 14,4% em novembro (11,3% no mês anterior)”.

“Esta evolução refletiu, em grande medida, a forte subida dos preços da energia e dos bens intermédios”, realça o instituto.

O INE destaca que o índice de preços na produção da indústria transformadora registou em novembro “o crescimento mais elevado da atual série” que começa em janeiro de 2011.

Excluindo a componente energética, este índice aumentou 9,8% em termos homólogos, após ter apresentado uma variação de 8,6% em outubro.

De acordo com o INE, também os preços na produção de bens de consumo, “que têm vindo a aumentar consideravelmente abaixo das outras componentes”, aceleraram para uma taxa de variação homóloga de 4,6%, contra 3,5% no mês anterior.

O INE refere que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) acelerou para uma taxa de variação homóloga de 2,6% em novembro, superior em 0,8 pontos percentuais à observada no mês anterior, atingindo o máximo desde setembro de 2012, verificando-se aumentos de preços na generalidade dos produtos mas em particular nos bens energéticos.

“Os indicadores de curto prazo da atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para outubro, continuam a revelar elevados crescimentos em termos nominais na indústria e nos serviços, ligeiramente menos intensos que no mês precedente, enquanto em termos reais observou-se uma diminuição mais intensa na indústria e um abrandamento na construção”, realça o organismo.

Na perspetiva da despesa, “os indicadores quantitativos de síntese da atividade económica e do consumo privado aceleraram em outubro de 2021, enquanto o indicador de investimento apresentou taxas de variação homólogas negativas entre agosto e outubro”, pode ler-se no documento.

Já o indicador de clima económico, que sintetiza as apreciações dos empresários, diminuiu em novembro, apresentando um comportamento irregular desde julho.

O INE refere ainda que, de acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi 6,4% em outubro, valor idêntico ao registado no mês anterior.

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