Rendas disparam 19% na Amadora e caem 9% em Cascais

As rendas subiram 7,4% para uma mediana de 6,08 euros por metro quadrado no terceiro trimestre, mas o cenário difere um pouco por todo o país. É na zona da capital que está a cidade (com mais de 100 mil habitantes) onde as rendas mais subiram, mas também a única onde as rendas caíram. Na Amadora o preço do arrendamento disparou 19%, enquanto em Cascais caiu 9,2%, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Isto pode facilmente ser explicado pelo número de novos contratos de arrendamento.

Entre julho e setembro foram assinados 22.305 novos contratos de arrendamento, o equivalente a uma descida de 4,2% face ao mesmo período do ano passado. A renda mediana desses contratos está em 6,08 euros por metro quadrado, ou seja, 7,4% acima do registado no terceiro trimestre de 2020. Apesar de o valor da renda ter aumentado, o ritmo de crescimento desacelerou face ao segundo trimestre (+11,5%).

Numa análise às cidades com mais de 100 mil habitantes, as rendas aumentaram em 23 dos 24 municípios. Aqui, o destaque vai para Vila Nova de Famalicão (+19%), Seixal (+11,6%), Vila Nova de Gaia (+10,7%) e Setúbal (+7,7%) por apresentarem crescimentos homólogos acima do valor nacional. Importa referir que, em Lisboa, as rendas subiram 4,6% para 11,44 euros e no Porto cresceram 4,8% para 9,03 euros.

Mas qual foi, afinal, a cidade (com mais de 100 mil habitantes) onde as rendas mais subiram? Amadora. No terceiro trimestre, as rendas na Amadora disparam 19% para uma mediana de 8,78 euros por metro quadrado, acima da mediana nacional e o maior aumento do país. Neste município, naquele período, foram assinados 430 novos contratos de arrendamento, mais 3,6% do que no ano passado.

No lado oposto da tabela está Cascais, que foi o único dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes que assistiu a uma descida na renda mediana. Entre julho e setembro, Cascais viu as rendas caírem 9,2% para uma mediana de 11,28 euros por metro quadrado. Apesar desta evolução, é a segunda cidade com as rendas mais caras do país, ficando apenas atrás de Lisboa.

No terceiro trimestre, em Cascais, foram assinados 558 novos contratos de arrendamento, o equivalente a uma quebra de 16,3% face ao ano passado. Esta redução no número de contratos pode facilmente explicar a quebra no valor das rendas medianas.