Costa descarta viabilizar Governo de dois anos
Costa sinaliza que não quer negociar com o PSD para formar Governo após as eleições e diz que a geringonça ainda não morreu "de vez". Quer uma maioria com "metade mais um", ou seja, absoluta.
António Costa descarta a possibilidade de o PS ter um acordo de dois anos com o PSD para governar o país, viabilizando o Governo de quem vencer as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro. Rui Rio tinha proposto um acordo para quatro anos, mas caso tal não fosse possível defendia que fosse de pelo menos dois anos com uma avaliação no fim. Já o primeiro-ministro está apostado a pedir uma maioria absoluta, apesar de nunca dizer essa expressão.
“Esse é um cenário que nunca se colocará. A proposta do doutor Rui Rio é uma proposta de quem não tem experiência de ação governativa. O que ele propõe é que haja uma espécie de Governo provisório de dois anos. Ora, o país não precisa de um Governo provisório de dois anos. O país precisa mesmo é de estabilidade durante quatro anos”, afirmou o primeiro-ministro esta segunda-feira em entrevista à CNN, referindo que “ninguém faz acordos para dois anos” (em 2015 foram acordos para a legislatura, argumentou) e rejeitando um “rotativismo bianual no âmbito do centrão”.
Porém, não foi essa a proposta de Rio: o líder social-democrata queria negociar uma governação de quatro anos, mas admitiu que “se isso não for possível, que se faça pelo menos por dois e se avalie a meio”. Já Costa está apostado a pedir uma maioria absoluta ao eleitorado para governar sozinho, mas rejeita usar essa expressão. “O que é que é maioria? É metade mais um”, respondeu à CNN, depois de há dias ter dito que “desta vez precisamos mesmo de ganhar com maioria”. Se perder as eleições, demite-se.
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