Venda da corretora de seguros pode dar mais 5% às ações da Sonae, estima BPI/CaixaBank

Sonae anunciou na semana passada a venda da corretora de seguros MDS ao grupo britânico Ardonagh por 100 milhões. Analistas consideram bom negócio para a holding liderada por Cláudia Azevedo.

A venda da corretora de seguros MDS ao grupo britânico Ardonagh por 100 milhões de euros poderá ter um impacto positivo de 5,5% no valor das ações da Sonae SON 1,63% , de acordo com o BPI/CaixaBank, que considera que a operação mostra, mais uma vez, o compromisso da holding da família Azevedo de “cristalizar valor com a venda de negócios mais maduros”.

“Temos avaliado esta participação na MDS pelo book value. Esta venda poderá representar, por isso, um impacto positivo de 3% no nosso preço-alvo”, começam por dizer os analistas do banco numa nota de research publicada esta segunda-feira.

Contudo, “considerando que a Sonae incorpora um desconto de holding, não excluímos que o mercado possa não ter atribuído qualquer valor a esta participação. Nesse sentido, a avaliação do mercado do potencial impacto de acréscimo estaria em +5,5%”, acrescentam José Rito e Guilherme Sampaio.

O BPI/CaixaBank atribui um preço-alvo de 1,40 euros ao título. As ações está a subir quase 3% para os 0,998 euros nesta sessão, registando a sexta sessão consecutiva de valorizações.

Na passada quinta-feira, a Sonae e a IPLF Holding, da família brasileira Suzano, estabeleceram um acordo com o The Ardonagh Group, o maior grupo de corretagem independente do Reino Unido, para a venda de 100% do capital social do Grupo MDS, operação que deverá estar concluída durante o primeiro semestre de 2022. A Sonae irá encaixar cerca de 100 milhões de euros pelos 50% que detém na MDS, anunciando uma mais-valia de 74 milhões de euros neste negócio.

Para o banco de investimento, esta venda “mostra mais uma vez mais o compromisso da Sonae de cristalizar valor com a venda de alguns dos seus negócios mais maduros”.

“Tem sido evidente o ritmo de reestruturação da Sonae nos últimos 24 meses: negócio da Sierra Prime, venda/reestruturação da Worten Espanha, novo contrato com o Banco CTT, venda da Maxmat, alguma rotação de ativos com algumas participações da Sonae IM em companhias tecnológicas e a venda de cerca de 25% da Sonae MC”, elencam os analistas do BPI/CaixaBank.

Entre outros negócios, a Sonae explora a rede de super e hipermercados Continente.

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Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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