Combustíveis dão gás à inflação europeia
Os preços dos combustíveis para os transportes, do óleo de aquecimento e dos vegetais estão a dar gás à inflação na Zona Euro. A meta do BCE está cada vez mais perto de ser atingida.
O impacto da subida dos preços dos combustíveis está a levar a inflação da Zona Euro para mais perto da meta do Banco Central Europeu. O Eurostat confirmou esta quarta-feira que a inflação na área da moeda única situou-se nos 1,8% em janeiro deste ano. Contudo, retirado o efeito da energia e alimentação, a inflação está nos 0,9%. Segundo o gabinete de estatísticas, os preços mais voláteis da energia tiveram um impacto de 0,5 pontos percentuais.
A inflação da União Europeia foi ligeiramente mais baixa, fixando-se nos 1,7% em janeiro de 2017. Tanto na UE como na Zona Euro, os preços têm vindo a subir desde janeiro do ano passado, chegando a atingir 1,1% em dezembro. Este deverá ser mais um ponto de divisão entre os responsáveis do BCE, que começa a ser questionado sobre a real necessidade de manter o plano de compra de dívida dos Governos da região da moeda única. O objetivo do BCE é ter uma inflação anual próxima de 2%.
Além do efeitos dos combustíveis — um aumento justificado pelo escalar do preço do petróleo dado o acordo da OPEP, que diminuiu a produção de barris a nível mundial –, também o óleo de aquecimento ajudou a inflação a subir. Da mesma forma, o preço dos vegetais teve um impacto de 0,14 pontos percentuais.
Em contrapartida, os preços do pão, cereais, gás e telecomunicações estão a puxar para baixo a inflação da Zona Euro. Em conjunto tiveram um impacto de -0,22 pontos percentuais na taxa de inflação apurada pelo Eurostat em janeiro.
Os países que mais estão a contribuir para o aumento da inflação são a Bélgica, Letónia, Espanha, Estónia e o Luxemburgo. Portugal está do lado dos países que menos contribuiu para a média da Zona Euro com 1,3% de inflação. Na cauda da tabela está a Irlanda, a Roménia, a Bulgária, a Dinamarca e o Chipre.
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