“Ninguém se bateu mais pelo aumento extra das pensões do que a CDU”
"Se o aumento das pensões dependesse do PS e da sua dita lei, nenhum dos aumentos de dez euros teria acontecido nestes anos", frisa Jerónimo de Sousa.
Jerónimo de Sousa sublinhou este sábado que não teria havido os sucessivos aumentos extraordinários das pensões, entre 2017 e 2021, se tal tivesse dependido do PS e da lei que prevê atualizações em linha com a evolução da economia nacional e da inflação. As declarações do comunista foram feitas numa sessão pública da CDU em Grândola e transmitidas pela SIC Notícias.
“Se o aumento das pensões dependesse do PS e da sua dita lei, nenhum dos aumentos de dez euros teria acontecido nestes anos“, defendeu Jerónimo de Sousa, referindo-se às subidas extraordinárias de dez euros que foram concedidas, ano após ano, entre 2017 e 2021, às pensões até 1,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Extraordinários (IAS).
O comunista garantiu ainda que “ninguém se bateu mais” por esses acréscimos adicionais do que a CDU e explicou que “se não se foi mais longe” foi porque o Governo o travou, “ora impedindo que se alargasse o aumento a todas as outras pensões, incluindo às dos que mais descontaram” — os comunistas entregaram diversas vezes, na especialidade, propostas de alteração nesse sentido, mas acabaram sempre chumbadas –, “ora adiando para agosto em vez de se começar em janeiro“. Por exemplo, em 2017 e 2018, o aumento extraordinário só produziu efeitos a partir de agosto, mas em 2021 começou logo a ser pago em janeiro.
“A CDU contou e conta e contará para abrir caminho a uma política, para forçar soluções que outros recusam dar“, atirou ainda Jerónimo de Sousa este sábado. E avisou que era bom que o PS esclarecesse o que vai fazer em relação às pensões em 2023 e 2024, caso saia vitorioso das eleições de 30 de janeiro. Isto uma vez que para 2022 os socialistas já asseguraram que vão pôr em prática o aumento extraordinário que estava previsto na proposta de Orçamento do Estado, que acabou por ser reprovada. Para os demais anos da próxima legislatura, o PS não tem, contudo, qualquer promessa a esse respeito. “A única garantia para assegurar o aumento das pensões de reforma está na CDU“, enfatizou Jerónimo de Sousa.
Para já, para este ano, os pensionistas têm assegurados aumentos até 1% por efeito da inflação sentida no último ano. Essa atualização tem efeitos a 1 de janeiro de 2022.
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