Liberais querem reformar SNS para evitar a sua “implosão”
O presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, pede reformas no Serviço Nacional de Saúde e pretende abrir a prestação de cuidados à concorrência, mantendo o papel financiador do Estado.
O presidente da Iniciativa Liberal (IL) considerou hoje que quem não quer reformar o Sistema Nacional de Saúde (SNS) está a contribuir para a sua “implosão”, defendendo a abertura da prestação de cuidados de saúde aos privados.
“Achamos que quem não quer reformar o Serviço Nacional de Saúde [SNS] é quem está a contribuir para a sua implosão e, no fundo, a não prestar cuidados de saúde suficientes aos portugueses”, afirmou João Cotrim Figueiredo, no final de uma visita ao Centro Universitário Hospitalar de Coimbra.
Dedicando a manhã à área da saúde, o liberal, acompanhado pelo cabeça de lista pelo distrito de Coimbra, Orlando Monteiro da Silva, visitou e reuniu com a administração do centro hospitalar para se inteirar dos seus problemas e a forma como está a lidar com a pandemia de covid-19.
No final da visita, fechada aos jornalistas, João Cotrim Figueiredo reafirmou querer abrir a prestação de cuidados de saúde à concorrência, mantendo o papel financiador do Estado. O objetivo, acrescentou, é permitir às pessoas escolherem o prestador de saúde que mais lhes interessa.
“Nós queremos que vão àqueles que, efetivamente, desejam ir pela qualidade de serviço, pela conveniência, pelo que seja”, frisou. E isso faz com que os prestadores melhorem os seus serviços para concorrerem pela preferência das pessoas, apontou o liberal.
“Paga-se da mesma maneira que hoje se paga. O SNS tem um custo. As pessoas não vão ficar mais doentes por mudarem de regime, portanto, são as mesmas doenças só que mais bem tratadas, sem listas de espera e com um tipo de organização que favoreça a melhoria contínua”, sublinhou.
As pessoas não vão ficar mais doentes por mudarem de regime, portanto, são as mesmas doenças só que mais bem tratadas, sem listas de espera e com um tipo de organização que favoreça a melhoria contínua.
Para Cotrim Figueiredo, as unidades hospitalares precisam de autonomia para se adaptarem às dificuldades e, essa, passa por “coisas tão simples” como a possibilidade de recrutar pessoal e remunerar de forma diferente e variável esse mesmo pessoal.
Além disso, o presidente da IL ressalvou que, havendo autonomia, as unidades de saúde teriam também a possibilidade de celebrar contratos-programa com objetivos concretos pelos quais os gestores hospitalares se responsabilizam.
Cotrim Figueiredo salientou ainda que as parcerias público-privado (PPP) mostram que gastam menos dinheiro ao Estado e têm mais satisfação por parte dos utentes. “Portanto, digam-me porque é que se acabaram com as PPP”, questionou.
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