Reino Unido e EUA alertam para possíveis ciberataques da Rússia
Com a tensão geopolítica em torno da Ucrânia a agudizar-se, autoridades britânicas e norte-americanas lançaram alertas sobre possíveis incidentes cibernéticos originados pela Rússia.
As autoridades norte-americanas e da Grã-Bretanha alertaram para a possibilidade de ataques cibernéticos com origem na Rússia. Face a cenário geopolítico mais tenso e movimentações militares sobre a linha de fronteira entre Rússia e Ucrânia, o centro britânico de cibersegurança lançou um aviso dirigido às empresas britânicas encorajando a um reforço das respetivas defesas cibernéticas face a possíveis ataques com origem na Rússia.
“As organizações britânicas estão a ser alertadas para aumentarem os níveis de resiliência cibernética em resposta aos incidentes cibernéticos maliciosos na Ucrânia e arredores“, indica um comunicado do CNSC (National Cyber Security Centre) recomendando que as empresas consultem orientações publicadas após recente incidente cibernético de natureza maliciosa na Ucrânia com padrão semelhante a outros anteriores, pelos quais o governo do Reino Unido atribuiu autoria à Rússia.
Nos EUA, o Departamento de Segurança distribuiu uma nota a organismos da administração interna norte-americana alertando para a eventualidade de a Rússia orquestrar um ciberataque contra instalações críticas dos Estados Unidos à medida que cresce a perceção (de Moscovo) de que terá resposta (da OTAN ou dos EUA) a uma possível invasão da Ucrânia.
“A Rússia dispõe de um leque variado de armas cibernéticas ofensivas que poderá utilizar contra os EUA”, desde DDoS (negação de serviço) a ataques destrutivos contra infraestruturas críticas, como utilities (serviços públicos básicos, redes de abastecimento de água e energia), advertiu um boletim dos serviços de análise e inteligência do Department of Homeland Security (DHS). “É muito difícil calibrar a probabilidade” de um ataque cibernético lançado pelo governo russo ou pelos seus associados numa resposta ao apoio da América à Ucrânia, disse Alejandro Mayorkas, secretário da Segurança Interna, citado na página da CBS News.
A ameaça cibernética é, em termos globais, o risco nº 1 para as empresas em 2022, de acordo com o último barómetro de Risco produzido pelo grupo Allianz com base em inquéritos a mais de 2 600 especialistas de risco localizados em 89 países.
Os eventos cibernéticos constituem o risco mais preocupante, relegando outras ameaças como interrupção de atividade empresarial (BI-Business Interruption) e as catástrofes naturais, respetivamente, para o segundo e terceiro lugar no ranking do Risk Barometer 2022.
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