BCP dispara 7% à boleia dos juros da dívida em máximos de dois anos
Ações do banco já estiveram a disparar mais de 7%, num dia em que os juros da dívida pública a dez anos estão nos 0,95%, um máximo de 2020.
O BCP está a disparar em bolsa esta sexta-feira, representando a maior subida da última sessão da semana. Esta forte valorização do banco liderado por Miguel Maya acontece numa altura em que os juros da dívida estão em máximos de dois anos.
Os títulos do BCP estão a valorizar 6,81% para 0,1804 euros, um máximo desde fevereiro de 2020, mas já estiveram a subir mais de 7% esta manhã. Esta é, assim, a quinta sessão consecutiva de subidas para o banco, que só esta semana já valorizou quase 20%.
Este desempenho acontece no dia em que os juros da dívida portuguesa a dez anos estão em máximos de dois anos, na sequência da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) desta quinta-feira. A perspetiva entre os investidores de que o banco central vai subir juros ainda este ano atirou as yields para máximos de 2020 e por lá continuam, neste momento nos 0,95%.
A subida dos juros das obrigações soberanas portuguesas está alinhada com o resto do continente europeu. Na Alemanha, os juros das bunds a dez anos avançavam 8,05 pontos base para 0,161%, enquanto os juros da dívida italiana a dez anos subiam 2,43 pontos base para 1,684%.
Este aumento nas obrigações acontece depois de o BCE ter anunciado que vai manter os juros inalterados e as decisões tomadas em dezembro, naquela que foi a sua primeira reunião de política monetária de 2022. O conselho de governadores reafirma que “está preparado para ajustar todos os seus instrumentos, consoante apropriado, a fim de assegurar que a inflação estabiliza no seu objetivo de 2% no médio prazo”.
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