Mais de 40 países pedem medidas para descarbonização do setor da aviação
Os signatários, entre os quais Portugal, querem que os países adotem "um objetivo ambicioso a longo prazo para a aviação civil internacional, ou seja, emissões líquidas zero de carbono até 2050".
Mais de 40 países, dezenas de organizações e empresas defenderam medidas para um setor aéreo que deixe de contribuir para o aquecimento global em 2050, na “Declaração de Toulouse”, lançada esta sexta-feira no âmbito da presidência francesa da União Europeia.
Os signatários do documento “apelam a todos os parceiros a nível mundial para trabalharem em conjunto” tendo em vista a 41.ª assembleia da Organização da Aviação Civil Internacional, (OACI, uma agência da ONU) convocada para finais de setembro.
O texto foi assinado por 42 países, incluindo os 27 da União Europeia (UE), mas também Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Marrocos e a Geórgia.
Dezenas de organizações e empresas, incluindo aeroportos, companhias aéreas, fabricantes de aeronaves e empresas de energia, também rubricaram a declaração, indicou o ministro delegado dos Transportes francês, Jean-Baptiste Djebbari, saudando um momento “histórico”.
Reunidos em Toulouse, sede da Airbus, os signatários querem que na OACI os países adotem “um objetivo ambicioso a longo prazo para a aviação civil internacional, ou seja, emissões líquidas zero de carbono até 2050″.
O documento assinala que muitos países, instituições internacionais e associações de transportes aéreos já apoiam esse princípio, mas o objetivo é convencer outros países a assumirem idêntico compromisso, tendo Djebbari mencionado Brasil, Índia, África do Sul ou os países do Oriente Médio.
Para alcançar a neutralidade de carbono em 28 anos, os signatários apoiam medidas como “a melhoria da tecnologia das aeronaves, melhoria das operações, o uso de combustíveis de aviação sustentáveis” e incentivos financeiros e apoio à inovação ambiental e climática no setor, entre outras.
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