Autoeuropa propõe aumentos de 2% este ano
A Autoeuropa sugere aumento de 2% este ano, com um mínimo de 25 euros, e de 1,8% para 2023, com um mínimo de 30 euros, num momento em que tem em marcha um programa de rescisões voluntárias.
A administração da Autoeuropa propõe um aumento salarial de 2% este ano e de 1,8% no próximo. Esta semana terminou uma ronda negocial sem que tenha sido alcançado qualquer acordo, mas houve uma evolução face às reuniões anteriores.
Até aqui a administração propunha um aumento de 1,7%, com um mínimo de 20 euros por ano, um valor que fez parte do pré-acordo rejeitado pelos trabalhadores o ano passado. Mas, agora, em cima da mesa, está uma proposta de aumento de 2% este ano, com um mínimo de 25 euros, e de 1,8% para 2023, com um mínimo de 30 euros.
Num momento em que a empresa tem em marcha um programa de rescisões voluntárias para fazer face à quebra de produção prevista para este ano, tal como o ECO avançou, a administração sugere ainda a transformação do prémio deste ano em “22 dias não trabalháveis de forma a garantir a manutenção da 4ª equipa”. “Nesta proposta está salvaguardado o pagamento do prémio proporcionalmente a um aumento de volume da produção prevista”, especifica o comunicado da comissão de trabalhadores a que o ECO teve acesso.
Presentemente, a Autoeuropa já só produz o T-Roc e a carrinha Sharan, que deverá deixar de ser produzida em meados deste ano. Está prevista uma redução de 53 mil veículos na produção face a 2021 e sem um novo modelo – que a empresa volta a comprometer-se a anunciar até 2023 – , a fábrica está sem trabalhar aos fins de semana até março, uma medida que responde simultaneamente à escassez de matérias-primas, nomeadamente de semicondutores, que afeta toda a indústria.
A comissão de trabalhadores fez uma contraproposta à administração no âmbito destas negociações que visam celebrar um novo pré-acordo válido por dois anos, mas os detalhes não são ainda conhecidos.
Nesta ronda negocial, os trabalhadores tentaram sensibilizar a administração para os descontos no prémio de 2021, “devido ao fecho das escolas e às quarentenas que ultrapassaram os 14 dias de ausência”. “A situação excecional, que vivemos, tem de ter medidas excecionais de forma a lesar o menos possível os trabalhadores”, defende a comissão de trabalhadores.
Os trabalhadores gostariam ainda de ver desbloqueadas as progressões na carreira para quem já atingiu o topo, através da criação de uma nova letra “G” e de com um aumento salarial de 2%. E que o prémio de desempenho dos especialistas, a pagar em 2023, aumente em cem euros para 500 euros.
E se há duas semanas a comissão de trabalhadores dizia que “a empresa avançou muito pouco” para satisfazer as reivindicações dos trabalhadores, agora cinge-se a dizer que a administração “ficou de responder”.
Nota: Notícia corrigida. Por lapso foi apresentada a proposta salarial da administração da Autoeuropa como tendo sido da comissão de trabalhadores. Pelo facto pedimos desculpa aos nossos leitores e aos visados.
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