Tecnologia é única área a criar mais empresas do que antes da Covid

Só as tecnologias de informação e comunicação estão com mais dinâmica empreendedora face ao nível pré-pandemia. No arranque de 2022, 58% dos novos negócios surgiram em Lisboa, Porto e Braga.

No primeiro mês de 2022 nasceram 4.263 empresas em Portugal, o que representa uma subida de 23% em relação a janeiro do ano passado, que ficou marcado pelo início do segundo período de confinamento por causa da Covid-19. Só os setores do retalho (-11%) e da agricultura e outros recursos naturais (-14%) recuaram no número de nascimentos, em termos homólogos.

No entanto, quando a comparação dos dados divulgados esta terça-feira pela Informa D&B é feita com janeiro de 2020, isto é, antes da pandemia ser decretada, a conclusão é que a dinâmica empreendedora ainda está 22% abaixo. E a análise setorial mostra mesmo que só nas tecnologias de informação e comunicação (TIC) é que surgiram mais novas empresas (291, +4,3%) do que no arranque do primeiro ano da pandemia.

Aliás, no ano passado, as TIC já tinham sido o segundo setor com maior crescimento de novas empresas (20%) em relação a 2020 e um dos três que conseguiram superar a marca de 2019, com uma diferença de 3,4%. “Este setor – e, em particular, o subsetor da informática – está a assumir um papel importante na transição digital e terá beneficiado de uma aceleração de processos tecnológicos induzidos pela pandemia, como as plataformas de comunicação à distância ou o comércio online”, interpreta a consultora.

Ainda no que toca à criação de empresas, a análise por distritos evidencia que apenas Castelo Branco (-8%), Évora (-32,1%), Leiria (-6,6%), Ponta Delgada (-21,7%) e Santarém (-0.9%) diminuíram a performance face a janeiro de 2021. Em termos absolutos, Lisboa, Porto e Braga continuam a ser as regiões mais empreendedoras, sendo responsáveis por 58% dos novos negócios criados em Portugal no arranque de 2022.

Número de novas empresas por setor de atividade

Por outro lado, tanto as 887 empresas encerradas como os 144 processos de insolvência iniciados em janeiro de 2022 continuam abaixo do nível pré-pandemia (-41% e -34%, respetivamente), o que a Informa D&B atribui, num comunicado enviado esta manhã às redações, que é “muito provavelmente devido às medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas”.

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