Macron e Biden voltam a conversar com Putin este sábado

  • Lusa e Joana Abrantes Gomes
  • 11 Fevereiro 2022

O Presidente francês vai falar com o seu homólogo russo no sábado ao meio-dia. O Kremlin diz que está ainda agendada uma conversa entre Joe Biden e Putin para as 16 horas (hora de Lisboa) de sábado.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai falar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, no sábado ao meio-dia (menos uma hora em Lisboa) sobre a crise na Ucrânia, que os ocidentais querem resolver por “meios diplomáticos”, foi anunciado esta sexta-feira.

Durante uma conversa na tarde desta sexta-feira, líderes ocidentais, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, “reafirmaram o seu apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia”, disse a Presidência francesa.

Os líderes “reiteraram o seu desejo de favorecer a voz diplomática, o diálogo e à dissuasão para realizar a desescalada”, segundo o Palácio do Eliseu.

Também decidiram “manter extrema vigilância” sobre “os exercícios militares russos que começaram na Bielorrússia em 10 de fevereiro, como esperado”. Emmanuel Macron vai reunir-se novamente Vladimir Putin, que o recebeu em Moscovo na segunda-feira durante mais cinco horas.

O chefe de Estado francês foi então a Kiev na terça-feira para se encontrar com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, seguindo depois para Berlim. O Palácio do Eliseu indicou que a viagem diplomática havia alcançado o “objetivo” ao permitir “avançar” para reduzir a tensão entre a Rússia e Ucrânia.

A Casa Branca disse que Joe Biden também está a considerar ligar para Vladimir Putin para tentar convencê-lo a não invadir a Ucrânia, enquanto o Kremlin adianta que a conversa telefónica entre os dois líderes está agendada para as 11 horas (16 horas em Lisboa) deste sábado, naquele que será o seu primeiro contacto desde o final de dezembro, avança a CNN (acesso livre/conteúdo em inglês).

Macron recusou ser testado à Covid-19 antes da reunião com Putin

O Presidente francês, Emmanuel Macron, recusou-se a fazer um teste PCR na Rússia antes do encontro com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, confirmou esta sexta-feira o Kremlin, dizendo que não teve a ver com política.

“Sim, é assim”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, numa conferência de imprensa por telefone. Dmitri Peskov evitou dar mais pormenores sobre o assunto, mas garantiu que as autoridades russas “entendem” a vontade de alguns líderes estrangeiros de não serem submetidos aos testes PCR realizados por médicos russos.

Não tem que ver com política aqui. Todos percebem perfeitamente e isso não impede as negociações [sobre a crise na Ucrânia], que é o mais importante”, indicou o porta-voz do Kremlin.

A imprensa revelou no dia anterior que Emmanuel Macron não queria fazer o teste PCR solicitado pelo Kremlin antes do encontro com Vladimir Putin, pelo qual foi imposta uma grande distância entre os dois chefes de Estado para evitar um possível contágio por Covid-19.

Fontes do Palácio do Eliseu indicaram que “as condições protocolares que teriam permitido um encontro com os dois chefes de Estado com menor distância (…) não eram aceitáveis, nem compatíveis, com os problemas de agenda” de Emmanuel Macron.

O Kremlin explicou esta sexta-feira que a longa mesa que separou dos dois presidentes durante a reunião sobre a crise na Ucrânia visava respeitar a distância sanitária, depois de o chefe de Estado francês ter-se recusado em realizar um teste PCR na Rússia.

Fontes francesas recusaram-se a confirmar se, como alguns meios de comunicação social têm indicado, a recusa de Emmanuel Macron foi para a Rússia não obter o seu DNA (ácido desoxirribonucleico).

As imagens dos dois presidentes sentados em cada ponta de uma mesa branca de seis metros de comprimento provocaram muitos comentários, alguns olhando para isso como um sinal de frieza de Vladimir Putin em relação a Emmanuel Macron. “Alguns seguem as próprias regras […]. Mas, neste caso, é aplicado um protocolo de saúde para proteger a saúde do nosso Presidente e do seu anfitrião”, acrescentou Dmitri Peskov.

As negociações entre Vladimir Putin e Emmanuel Macron duraram mais de cinco horas na última segunda-feira e terminaram com uma conferência de imprensa conjunta no Kremlin, na qual ambos também cumpriram uma distância sanitária considerável.

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