PS em reflexão sobre o que levou o Chega ao terceiro lugar
A nova correlação de forças na Assembleia da República, com o Chega como terceira força política com maior representação, foi alvo de discussão pela direção socialista.
O secretário-geral adjunto do PS reconheceu esta quarta-feira que “é importante compreender” as razões pelas quais os cidadãos procuram uma solução que “contende com valores constitucionais”, como o Chega, após uma reunião da Comissão Política do partido.
No final de uma reunião de quatro horas da Comissão Política do PS na sede do partido, em Lisboa, José Luís Carneiro disse que correlação de forças na Assembleia da República, com o Chega como terceira força política com maior representação, foi alvo de discussão pela direção socialista.
“É importante compreender, essa foi uma nota que foi objeto de discussão, as razões pelas quais os cidadãos procuram alternativas, soluções de política alternativa, nesse caso em concreto, soluções de políticas alternativas que, nalguns casos, contende mesmo com valores constitucionais”, referiu o secretário-geral adjunto socialista.
A Comissão Política do PS concluiu, prosseguiu o dirigente, que tem de “continuar a desenvolver políticas que sejam políticas nas quais todas e todos os portugueses se possam continuar a rever, na medida em que ao reverem-se nessas políticas estão também a contribuir para o fortalecimento democrático e dos valores constitucionais”.
Uma nota que o partido também quis deixar foi “a importância” que teve a participação dos portugueses nas eleições legislativas de 30 de janeiro. “Quando os eleitores sentem que algo de muito importante está em questão, mobilizam-se para votar”, sustentou José Luís Carneiro, acrescentando que o resultado eleitoral é uma prova da confiança dos portugueses no secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa.
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