Custo da dívida vai continuar a descer apesar da subida dos juros
A presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), Cristina Casalinho, prevê que mesmo com a subida das taxas de juro, o custo da dívida portuguesa deverá continuar a baixar.
O fim da era dos juros negativos parece estar próximo, mas ainda que as taxas estejam a subir um pouco por todo o mundo, o custo médio da dívida portuguesa deverá continuar a descer, estima a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), Cristina Casalinho.
Em declarações ao Jornal de Negócios, Casalinho explica que, apesar de os juros da dívida soberana estarem a agravar-se nas últimas semanas, o custo médio para Portugal deverá continuar a descer. “Se as taxas de juro subirem para 1% (face a 0,6% em 2021), o custo médio de financiamento do Estado português poderá continuar a cair, porque se está a substituir empréstimos com taxas altas por outros com taxas mais baixas”, aponta.
A presidente da IGCP deu o exemplo de que, em 2022, a Obrigação do Tesouro a reembolsar paga um juro de 2,2% e foi parcialmente substituída por uma emissão a vinte anos que paga 1,15%. Além disso, indicou que tem sido preparada a “previsível normalização das taxas de juro no sentido de mitigar o seu efeito através do aumento da vida média num contexto de taxas marginais significativamente inferiores ao custo médio do ‘stock'”.
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