Quase um terço das pessoas que morreram por Covid-19 em janeiro tinham dose de reforço
Entre os dias 1 e 31 de janeiro, 32% do total de óbitos por Covid-19 ocorreu em pessoas que tinham recebido a dose de reforço.
Das 935 mortes por Covid-19 em janeiro, 317 ocorreram em pessoas com dose de reforço, o que corresponde a 32% do total de óbitos registados nesse mês, revela o relatório das “linhas vermelhas” do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS). Outros 259 óbitos (26%) verificaram-se em pessoas não vacinadas, 27 (3%) em pessoas com vacinação incompleta e 332 (33%) em pessoas com esquema vacinal completo.
Ou seja, “o risco de morte para os casos diagnosticados em janeiro, medido através da letalidade, por estado vacinal, foi duas a seis vezes menor nas pessoas com vacinação completa em relação às pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto“, lê-se na análise de risco da pandemia divulgada esta sexta-feira. A mortalidade específica por Covid-19, que está em 59,7 mortes em 14 dias por milhão de habitantes, apresenta uma tendência estável.
Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por SARS-CoV-2 em quase quatro vezes em relação a quem tem vacinação completa, e reduz em oito vezes o risco de morte em relação aos não vacinados ou com esquema incompleto. Estes dados são ainda provisórios, visto que ainda se podem observar óbitos em pessoas infetadas no final de janeiro.
Quanto aos internamentos, os cidadãos com vacinação completa tiveram um risco de hospitalização “duas a sete vezes menor” do que os não vacinados, entre o total de pessoas infetadas em dezembro. Só para a população com idade superior a 80 anos, o risco de internamento para as pessoas com esquema vacinal completo “foi menos de metade” relativamente aos não vacinados. “O risco de internamento para quem tem dose de reforço é um terço do risco de internamento de quem tem vacinação completa“, acrescenta o documento.
A linhagem BA.1 da variante Ómicron continua a predominar nas infeções em Portugal, com uma frequência relativa estimada de 71% até 17 de fevereiro de 2022 e tendência decrescente. No entanto, a linhagem BA.2 da Ómicron está a aumentar progressivamente de circulação nas últimas semanas.
Entre 10 e 16 deste mês, a proporção de casos com resultado positivo nos testes realizados para SARS-CoV-2 foi de 14,5% (18,3% no último relatório), valor que se encontra acima do limiar dos 4%, mas com tendência decrescente. As “linhas vermelhas” indicam ainda que, nos últimos sete dias, observou-se uma diminuição da testagem.
O número de novos casos de infeção por Covid-19 foi de 3.424 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, com tendência decrescente a nível nacional e em todas as regiões. O R(t) também indica uma tendência decrescente, estando a 0,74 a nível nacional e em todas as regiões.
(Notícia atualizada às 20h52)
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