PME

Com as máscaras em declínio, Maskk vai “proteger” telemóveis

O grupo do Porto que criou a marca Maskk quer "capitalizar o sucesso" que teve com a venda de máscaras e diversificar o negócio para as capas de telemóvel, que pretende lançar no segundo trimestre.

Foi já no final de maio de 2020, numa fase em que a pandemia já tinha alastrado a todo o mundo desenvolvido, que os criadores da Maskk apostaram no negócio das máscaras com o objetivo de aliar a “maior proteção possível” à consciência ambiental, tornando “as pessoas mais confiantes”. Quase dois anos volvidos — e com a obrigatoriedade de uso de máscara com fim à vista –, a empresa do Porto quer “capitalizar e replicar o sucesso” da marca através do lançamento de outro produto, desta vez para “proteger” os telemóveis.

Da escolha dos materiais à confeção, a Maskk é totalmente Made in Portugal e foi lançada pelo grupo Clever Advertising numa altura em que “o comboio já tinha saído da estação”, dado que nessa altura já quase não havia escassez de equipamentos de proteção individual no mercado. Por outro lado, os sócios acreditavam que persistia a “necessidade de um produto que aliasse todas as condições de segurança e de proteção individual” a um “desenho e design que permitisse que as pessoas se sentissem mais confortáveis e confiantes“, explica Tiago Lopes, gestor principal do projeto, em declarações ao ECO.

O objetivo era, portanto, criar um “produto diferenciador”, nunca esquecendo a importância de apelar para as causas ambientais, já que estas máscaras são reutilizáveis. Focada no comércio eletrónico, a marca já vendeu para “parte significativa” do mundo. Contudo, é no mercado ibérico, em particular no espanhol, que concentra a maior fatia do negócio. “Temos muitos meses com mais de 10 a 15 mil encomendas para a Península Ibérica”, sinaliza Tiago Lopes. Novembro supera esses valores, sendo “um mês de particular interesse para o e-commerce com a Black Friday“.

Com uma capacidade de filtração de 94,9%, o que lhes confere a certificação nível 3, as máscaras vendidas pela Maskk podem ser utilizadas até 50 lavagens. O preço unitário varia entre 12,99 euros e 13,49 euros. Além da “qualidade da confeção”, entregue a fábricas entre Gondomar e Paredes, no distrito do Porto, outra preocupação da marca foi garantir que os clientes ibéricos conseguissem receber o produto um dia depois de o encomendarem. “É um bem de primeira necessidade devido às circunstâncias e, por isso, desde o primeiro dia que focamos isso como um ponto fulcral”, sublinha o gestor do projeto.

Com seis funcionários a tempo inteiro neste projeto e outros tantos como colaboradores externos, a marca admite que, assim que o Governo decrete o fim da obrigatoriedade de uso de máscara, isso irá refletir-se no negócio. No entanto, Tiago Lopes acredita que “existe um número de pessoas que vai continuar a usar a máscara porque gostam e porque se sente mais confortável e protegida”. Na semana passada, o Governo sinalizou que espera passar ao “nível 0“, isto é, ao regresso total à normalidade, dentro de cerca de “cinco semanas”. Pelo que nessa altura é expectável que as máscaras deixem de ser obrigatórias, passando apenas a ser recomendadas.

Imagem da campanha ibérica lançada em fevereiro pela marca portuense para “promover o uso de máscaras com consciência e estilo”

A Maskk garante estar “preparada” para o impacto dessa alteração e já tem um plano B. “Vamos capitalizar e replicar o sucesso que tivemos [com as máscaras] num novo produto, que também alie o design, a segurança e a funcionalidade para proteger outra coisa muito valiosa da nossa vida, que é o telemóvel”, adianta Tiago Lopes. Sem adiantar mais detalhes, o gestor revela que em causa estão capas de telemóvel, cujo lançamento está previsto para o segundo trimestre de 2022.

A empresa equaciona lançar outros produtos no futuro. Para já, porém, a maior aposta passa mesmo pelas capas de telemóvel, assim como consolidar e conquistar novos mercados a nível europeu e também nos Estados Unidos e no Brasil. “A nossa missão é conquistar novos mercados, capitalizar o sucesso que tivemos no mercado ibérico e avançar por essa Europa e por esse mundo fora, e fazer da Maskk uma marca global”, conclui Tiago Lopes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Com as máscaras em declínio, Maskk vai “proteger” telemóveis

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião