Bolsa de Moscovo tombou 13%, a maior queda desde outubro de 2008

RTS terminou a sessão desta segunda-feira a cair mais de 13%, acumulando perdas superiores a 24% desde o início do ano. É a maior queda percentual desde 6 de outubro de 2008.

A bolsa russa e o rublo registaram esta segunda-feira fortes perdas à medida que a situação se degradou entre a Rússia e a Ucrânia, com o presidente russo a ponderar reconhecer a independência dos separatistas do leste ucraniano.

O principal índice da bolsa de Moscovo, o RTS, terminou a sessão a cair 13,21% para 1.207,5 pontos, depois de o Kremlin ter defraudado as expectativas de um encontro entre Putin e Joe Biden e numa altura em que se acentuam as tensões geopolíticas. É a maior queda percentual desde 6 de outubro de 2008, dia em que a bolsa de Moscovo caiu 19,1%. A praça de Moscovo já acumulou perdas superiores a 24% desde o início do ano.

Desempenho do principal índice da Bolsa de Moscovo, RTS, desde 1 de janeiro de 2022. | Fonte: Reuters

Entre as empresas mais castigadas na praça de Moscovo estiveram a petrolífera Rosneft, que tombou 18,3%, o VTB Bank, que cedeu 17,3%, o Sberbank, que caiu 16,9%, a Aeroflot, companhia área estatal Russa, que recuou 15,8%, a Surgutneftegas, empresa ligada ao petróleo, que cedeu 10,3%, ou a Gazprom, empresa estatal de gás natural russa, que caiu 10,1%.

Durante o dia, a moeda russa também caiu. O rublo ultrapassou por momentos a barreira de 90 rublos por euro (90,3) antes de estabilizar em torno de 89,5 rublos/euro. Em relação ao dólar, o rublo atingiu um pico de 79,7 por dólar antes de cair para 79,1 rublos/dólar.

Os combates entre o exército ucraniano e os separatistas apoiados por Moscovo intensificaram-se nos últimos três dias, numa região junto à fronteira russa. Os países ocidentais acusam Moscovo de procurar um pretexto para invadir o país vizinho, depois de ter concentrado tropas na zona fronteiriça. Entretanto, já depois do fecho da bolsa, o presidente da Rússia anunciou que vai reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk da Ucrânia.

As reações a esta decisão de Vladimir Putin multiplicam-se, com a Comissão Europeia a prometer agir com “firmeza” e “determinação”. Os Estados Unidos já anunciaram sanções às duas regiões separatistas: vão proibir novos investimentos, comércio e financiamento dos Estados Unidos para, de Donetsk e Lugansk.

(Notícia atualizada às 21h24 com mais informação)

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