Montanha russa nas bolsas com tensão na Ucrânia. Lisboa cai 0,52%

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta terça-feira a cair 0,52%, num dia marcado pela alta volatilidade nos mercados europeus, perante a escalada de tensões entre a Rússia e a Ucrânia.

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta terça-feira em terreno negativo, em linha com a tendência registada em várias praças europeias, num dia marcado pela alta volatilidade nos mercados europeus, perante a escala de tensões geopolíticas entre a Rússia e a Ucrânia.

Pela Europa, o Stoxx 600 terminou a sessão inalterado, enquanto o alemão DAX recuou 0,5%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,2% e o espanhol IBEX-35 caiu 0,1%. Em contrapartida, o britânico FTSE 100 somou 0,2%, num dia marcado pela alta volatilidade, dado que as praças europeias abriram a sessão com fortes perdas e foram oscilando entre ganhos e perdas durante o dia. Já a bolsa de Moscovo avançou 1,59% para 1,226.69 pontos, depois de na sessão anterior ter tombado mais de 13%.

Os investidores continuam de olhos postos no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, após o presidente da Rússia ter reconhecido a independência das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk. Face a este anúncio, o Ocidente já prometeu avançar com duras sanções económicas. O Reino Unido, por exemplo, vai impor sanções a cinco bancos russos e a três bilionários russos, enquanto a Alemanha decidiu que vai interromper a certificação do gasoduto Nord Stream2. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE estão esta tarde reunidos para analisar um pacote de sanções conjunto.

Em Lisboa, o PSI-20 terminou a sessão a cair 0,52% para 5.464,920 pontos, num dia marcado pela alta volatilidade também na praça lisboeta, dado que a bolsa abriu a afundar mais de 2% e a meio da manhã chegou a negociar em terreno positivo. Esta situação reflete, portanto, o nervosismo dos investidores, que, por um lado receiam que o conflito entre a Rússia e Ucrânia se torne ainda mais agressivo e, por outro, querem aproveitar a baixa do mercado de ações. Entre as 19 cotadas presentes no PSI-20, 13 fecharam em terreno negativo, cinco no “verde” e uma inalterada.

A penalizar o desempenho do índice de referência nacional estiveram os títulos ligados ao setor energético, bem como a Nos e o BCP. A Galp Energia cedeu 0,82% para 9,6260 euros, isto apesar de os preços de petróleo nos mercados internacionais estarem em máximos de sete anos. O Brent está a subir 1,36% para 96,71 dólares, tendo chegado a tocar nos 99 dólares nesta sessão, enquanto o WTI soma 1,78% para 92,69 dólares, em Nova Iorque.

Ainda pelo setor energético, a EDP recuou 0,6% para 3,833 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis somou 0,45% para 17,99 euros. Ao mesmo tempo, a Greenvolt cedeu 1,29 para 5,37 euros, enquanto a REN desvalorizou 0,60% para 2,495 euros.

Entre os “pesos pesados”, os títulos da Nos caíram 1,05% para 3.39 euros, enquanto as ações do BCP cederam 0,90% para 18,63 cêntimos. Ao mesmo tempo, a Jerónimo Martins cedeu 0,69% para 19,465 euros.

Nota ainda para o setor da pasta e do papel, que é bastante influenciado pelo contexto internacional. A Navigator cedeu 1,22% para 3,414 euros, a Altri caiu 1,14% para 5,63 euros. Em contrapartida, a Semapa ganhou 1,16% para 12,16 euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h09)

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